31 outubro 2006

É preciso ver, ver

Eduardo Cintra Torres no Público (e também JPP) têm alertado para aquilo que este último designa de "mecanismos de controlo e manipulação da comunicação social pelo governo socialista".
Ontem fiz a experiência de zapping pelos três canais na hora do telejornal das 20h e o que constatei, mesmo sem cronómetro, é preocupante. A forma, conteúdo e duração das peças noticiosas na RTP são claramente favoráveis à lógica do governo.
Se importa não cair em histerias conspiratórias e manipulações de bastidores não deixa de ser (ainda) mais importante estar atento a estes sinais. E já agora acompanhar quem escreve e se debruça sistematicamente sobre esta matérias.
A propaganda, mesmo quando encapotada, é sempre propaganda.
NAP

30 outubro 2006

A Mensagem do Presidente

Na tomada de posse dos novos órgãos da ELSA UMinho, o Presidente da Escola de Direito, Prof. Luís Couto Gonçalves, pediu que fosse lida esta mensagem:

"Desde a sua fundação, a ELSA tem efectuado um conjunto de iniciativas do mais elevado interesse que a Escola de Direito tem apreciado e das quais tem beneficiado.
No último ano passou por uma fase menos exuberante. Na vida das instituições não é dramático haver problemas; dramático é não os encarar de frente, aprender com eles e fazer mais e melhor no futuro.
Espero, desejo e confio que os actuais dirigentes possam estar à altura das responsabilidades que os esperam, cumpram com as expectativas elevadas de quem os escolheu e continuem a fazer da ELSA uma associação exigente, actuante, responsável, autónoma e preocupada com os interesses dos estudantes a que se destina.
A Escola de Direito reafirma a total disponibilidade para, dentro das suas competências e possibilidades, continuar a colaborar com a ELSA e manter as boas relações institucionais existentes."

Pode contar connosco!

Volta logo!

Quem gosta um bocadinho que seja de futebol gosta de ver grandes jogadores. Anderson é, sem qualquer dúvida, um desses mágicos que nos faz estar na expectativa durante todo o jogo; a qualquer momento o génio pode revelar-se, e então, nessa altura é o deleite. Ainda é muito jovem, é certo, mas isso só funciona a seu favor. Com tanta força, tanta inteligência e génio, sei que não vai ficar muito tempo no futebol português.
Apesar da vitória de Sábado fiquei angustiado. Ver Anderson sair daquela maneira... frustrado, irritado... e a ecoarem-me nos ouvidos as intenções da FIFA de proteger os jogadores criativos. A vitória de Sábado foi pírrica. O meses que se seguem demonstrá-lo-ão.

NAP

28 outubro 2006

Futebolês


Aqui ficam algumas das mais fantásticas relíquias oferecidas por esse novo filósofo do nosso futebol, Joaquim Rita:

"Tonel eleva-se por entre dois adversários, originando uma espécie de galheteiro..."

"A equipa passa a ter uma muito maior correnteza lateral direita"

"Um frango, ou, se quisermos, uma intervenção técnica efectuada com elevada deficiência"

"A. Cole não consegue imprimir ventania pela lateral esquerda.."

"Bridge...digamos que...torce a bola para dentro..."

PIZUNI

27 outubro 2006

Elogio à tolerância (uma à Pedro Arroja)

"E você, um pseudo- intelectualzinho rasteiro, de ideias é um deserto" (anónimo em comentário a um post de NAP).

"...você é um desprezivel neutral encapuçado de ultra conservador". (anónimo em comentário a um post de NAP).

"...putos amaricados e mimados como vocês"... (Afonso Costa em comentário a um post de PIZUNI).

"Nunca saberá o que é lutar por um ideal,seja ele qual for,porque não passa de um cobarde que apenas escreve em blogsÉ uma vergonha de pessoa,e não digo homem,porque isso seria um insulto para homens de corpo inteiro." (Afonso Costa em comentário a um post de NAP).

NAP

É possível?

A: "Ó pá, há coisas que até parece um fenómeno! Então não queres saber que, estava eu na Alemanha, e disseram-me que quando lá era dia lá, na América, era de noite?"

B: "De facto, parece impossível. Mas há também uma coisa que me faz confusão. Dizem que a água da chuva vem do mar. Então, por que não é salgada?"

C: "Mas também é dos poços. Mas também dizem que é das nuves! Então como é que ela cai?"

Diálogo entre três sujeitos à mesa de um café, em Braga, 9 horas da manhã do dia 26.Outubro.

O empregado, no balcão, assistia incrédulo. E eu também.

Saí a pensar no país que ainda somos e no looooooooooongo caminho que ainda temos de percorrer.

JL

26 outubro 2006

O PCP e a (sua) história

No Abrupto .

NAP

"Mais escola, menos ministério"

David Justino e Marçal Grilo ontem numa conferência em Lisboa, sobre a autonomia das escolas:” [a autonomia] Deve encaminhar-se no sentido de as escolas poderem escolher os professores”. O Público, de onde foi retirada a citação dos antigos ministros da educação, diz ainda que: “Os estabelecimentos de ensino precisam ter um rosto: uma liderança forte, um corpo docente estável e um projecto educativo consistente”.
Desde logo uma liderança forte numa escola teria dois grandes méritos: em primeiro lugar saber-se-ia quem manda, e em segundo os encarregados de educação teriam um rosto visível e competente (no sentido de ter poderes para) a quem se dirigirem para pedir contas.
Por outro lado, a possibilidade de as escolas poderem contratar professores responderia às sempre reivindicadas exigências de autonomia das instituições de ensino. As escolas teriam liberdade para escolher mas simultaneamente eram elas responsáveis pelas escolhas infelizes que realizassem. Se estas contratações fossem feitas com base em critérios que não de mérito ou curriculum ou os docentes se revelassem incompetentes, os pais saberiam que o responsável não era um qualquer cego sistema de colocações mas antes o relaxe de algum director que sucumbiu à malfadada cunha.
Colocando-se o ênfase da contratação no mérito profissional e académico privilegiar-se-iam todos os docentes que ao longo da sua carreira se empenharam na reciclagem de conteúdos, na contínua formação universitária e não se limitaram a frequentar umas acções de formação de valor e conteúdos muito duvidosos.
NAP

25 outubro 2006

Direito dos Contratos (Perspectivas)

O Centro de Estudos de Direito da Universidade do Minho vai realizar um ciclo de conferências nos dias 26 e 27 de Outubro sobre o tema:

"Perspectivas sobre o Direito dos Contratos".

As conferências decorrerão no Auditório B2 do CP2, no Campus de Gualtar, em Braga.

Cabido de Cardeais (1)

A Olívia Santos, em comentário a este post, pergunta:
"E, já agora: o que é um "cabido de cardeais" e o que representam os seus membros?"
Sem pretender ser exaustivo, ensaiarei uma tentativa de resposta à pergunta.
Em Braga, existe a Rua do Cabido que liga a fachada principal da Sé Catedral à Rua D. Diogo de Sousa. A Rua do Cabido é estreita e quase nunca vê o Sol mas não deixa de ser interessante conhecê-la.
O nome da rua deve-se ao facto de, na Sé, se reunir o Cabido dos Cónegos. Cabido - do latim, capitulum - significa "reunião de" e Cónegos corresponde a um estatuto de clérigos "mais velhos". O Cabido de Cónegos funciona como um órgão de consulta do Arcebispo Primaz de Braga.
"Cabido de Cardeais" é uma criação do Código da Praxe da Universidade do Minho.
Face à complexidade do texto e ao esforço de interpretação que exige (!!??), deixo na expectativa todos os que se sintam motivados para o ler porque, em breve, voltarei ao assunto.

JL

Anonimato- O cancro da blogosfera


Independentemente das opiniões de cada um, se há coisa que sempre respeitei foi a diferença, o modo de pensar próprio, e, mais do que isso, a livre expressão desses mesmos ideais ou pensamentos.
Aprecio, no entanto, e de igual modo, a frontalidade e a coragem para debater de forma séria e honesta com aqueles que discordam de nós.
Por tudo isto, apenas peço o seguinte àqueles que tanto se insurgem contra certo tipo de opiniões ou comentários (algumas vezes coincidindo com o meu pensamento): mostrem-se, identifiquem-se, dêem o "corpo ao manifesto" para que lhe possamos "bater" ou dar "palmadinhas nas costas"...Não peço que enviem o nome, a morada ou o tipo sanguíneo, basta um pseudónimo, uma sigla...
Porque, e como diz o nosso caro CAA, o anonimato é o cancro da blogosfera!(http://ablasfemia.blogspot.com/2006/10/o-pas-das-invejazinhas.html) E é-o pela simples razão de que quem o usa dele abusa, pois refugia-se na sua própria cobardia para exprimir tudo aquilo que não tem coragem (ou bagagem) para expressar pessoalmente...

PIZUNI

24 outubro 2006

Escritor, demasiado escritor


Dia 26, em Lisboa, será apresentado o novo romance de António Lobo Antunes: "Ontem não te vi em Babilónia".
Quanto mais leio mais gosto de Lobo Antunes. Gosto do seu feitio irascível e da sua clausura. Gosto das correcções sucessivas que adiam a publicação dos livros que escreve - aliás, ele costuma dizer que escreve um livro para corrigir o anterior. Gosto de Lobo Antunes por ser um escritor; não um escritor político ou um político escritor mas simplesmente um escritor. Não se considera consciência de nada nem voz de nenhum grupo oprimido. Não faz propaganda política, nem cultural, nem social.
Cada ano que passa faz crescer em mim a certeza de que nunca ganhará o Nobel. Lobo Antunes é escritor, demasiado escritor. E ainda bem.

NAP

Tomada de Posse - 27.Out

A tomada de posse dos novos órgãos da ELSA UMinho vai acontecer no próximo dia 27.Out, pelas 15,30 horas.

Querendo dar ao acontecimento a dignidade de que se reveste, a tomada de posse decorrerá no "Espaço Almedina", Campus de Gualtar da Universidade do Minho.

Todos estão convidados a marcar presença e, com esse gesto, manifestar a confiança nos novos membros que aceitaram o desafio para o mandato 2006/2007.

23 outubro 2006

Já não há pachorra!!! (2)

Quando iniciei a colaboração no Casino da Elsa fi-lo com o grato prazer de poder discutir algumas ideias e, também, pela oportunidade de partilhar o mesmo espaço de outros com quem me identifico.
Então, ousei escrever:
"Ser de Direito é ser diferente!"
À época, alguns comentadores sentiram-no como se de um chiste se tratasse. Mas não!
Hoje renovo a convicção da afirmação. Não por orgulho ou pretenso sentido de superioridade mas porque, cinco anos depois de uma convivência quase diária, sinto que todos crescemos num sentido de equilíbrio inegável.
Este equilíbrio impede-nos de etiquetar as pessoas numa arrumação ideológica que já não faz mais sentido. Nas nossas discussões procuramos o "justo", o sentido da "Justiça". A inclusão, não a exclusão.
Nestas discussões já não há lugar para esquerda/direita, comunista/anticomunista ou outras que se lhes assemelhem. Para nós, as etiquetas foram lançadas no caixote do lixo.
Mas ainda há quem, teimosamente, persista no etiquetar. Nem sempre com o rigor que a etiqueta exige mas antes com alguma perfídia que tende para o insulto pessoal.
Cinco anos pareciam muito tempo! Hoje quase já passaram!
Quando dermos conta, todos estaremos "lá fora" a construir alguma coisa.
O que quer que venha a surgir será a manifestação concreta do que fomos capazes de apreender e de pensar com sentido crítico nestes cinco anos.
Não haverá mais lugar ao anonimato para aqueles que hoje não se expõem!

JL

Ainda vai a tempo do concurso?

Já tinha lido que Cristóvão Colombo era italiano. Até cheguei a ouvir que era espanhol. Agora português alentejano é inédito. Alguém que ligue à Maria Elisa e atribua um número ao homem.

NAP

22 outubro 2006

O monopólio é bom! Muito bom!!!

O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, José Aranda da Silva, defendeu hoje que a liberalização do sector das farmácias "não é solução" e "não resolve os problemas do sistema de saúde e muito menos do país" - in Público.

E tem toda a razão, digo eu. Mas não é disso que se trata e o digníssimo bastonário sabe-o tão bem quanto qualquer cidadão medianamente bem informado.
A raiz do problema está num outro quadrante da questão. A saber, quem ganha e quem perde com a liberalização da propriedade das farmácias?
Os mesmos liberais que José Aranda da Silva cita em sua defesa há muito que declararam que, estabilizado o mercado, o consumidor ganhará quer em termos de preços quer na quantidade/qualidade dos serviços a disponibilizar.
Tomemos como exemplo o serviço prestado durante a noite, em Braga. Hoje, em 2006, temos a prestar serviço nocturno 2 (duas) farmácias. Esta situação não se alterou - que me lembre - desde há mais de 30 anos!!!
Se considerarmos o aumento da população residente e circulante neste intervalo de tempo, hão-de convir que algo vai mal no mercado das farmácias. Ou não!
Porque, com o enviesamento da argumentação, o digníssimo bastonário desvia a discussão do essencial para o acessório alertando até - pasme-se! - para os perigos (??!!) que pairam sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
E fá-lo muito bem pois é do SNS que corre o maior caudal de dinheiro - quase em descontrolo total - que, desde a sua criação, "engorda" os bolsos das farmácias e os do cérebro deste monopólio que é a Associação Nacional de Farmácias.
Desconfio sempre da bondade destes que tão "desapegadamente" defendem os interesses dos utentes do Serviço Nacional de Saúde.

JL

19 outubro 2006

Documentário

Sobre David Mourão-Ferreira. Homem das letras do século XX português. Talvez um dos maiores. É pena a hora tardia a que começa. Às 00h30 na 2:.

NAP

Discutir ideias

(Aproveitando o ensejo do JL)

Já por mais de uma vez me colocaram a pergunta: “mas afinal tu és de esquerda ou de direita”? E sempre que a ouço lembro-mo dos idos tempos do recreio da escola primária, em que perguntávamos: “és do Porto ou do Benfica”? Como se tudo se resumisse a isso: “és do PS ou do PSD? Gostas mais do PC ou do CDS?” Como se alguém fosse geneticamente puro em matéria ideológica ou como se um partido fosse capaz de abranger a plêiade de sensibilidades, opiniões e idiossincrasias de um indivíduo.
Aderir ou simpatizar com um partido é algo que se faz por aproximação. Isto é, acredito que a identificação com um partido se faz através da verificação da maior ou menor área de intersecção entre aquilo que é o meu círculo ideológico e o do partido. Não concebo, pelo menos na maioria dos casos, que entre aquilo que é a doutrina partidária e o pensamento pessoal de alguém haja uma coincidência exacta.
Outra coisa diferente é a forma como se faz essa aproximação. Como é que alguém se começa a identificar com um grupo político? Fico sempre com a sensação que a simpatia, ou a defesa mais intransigente, de um determinado ideário político tem na sua génese – na esmagadora maioria dos casos, pelo menos – mais de emotivo e clubístico do que propriamente um apurado exercício racional. Discutem-se partidos, pessoas, acções, mas raramente se discutem as ideias enformadoras de um grupo partidário.
Mas se se tornou um lugar comum dizer que os partidos são cada vez mais pragmáticos e menos ideológicos, parece também ser verdade que as pessoas se interessam cada vez menos em discutir ideias.
Discute-se as medidas avulsas de um governo; a posição solta de um determinado partido em relação a uma questão que surge na ordem do dia. Mas já ninguém parece muito empenhado em discutir o que significa, aqui e agora, “direita e esquerda”. O que é o socialismo? O que é dizer-se que se é de direita? O que distingue um liberal de um conservador? O que é a social-democracia ou a democracia cristã? Quais as diferenças entre uma ideologia socialista e social democrata? E, perguntar, como já o têm feito algumas pessoas, se este paradigma “esquerda – direita” ainda faz sentido no contexto político partidário português. Ainda faz?
A discussão do quadro ideológico que serve de matriz a um partido não parece ser um exercício apelativo, mas teria o mérito de clarificar as águas. Neste sentido: se escolher defender, votar e apoiar um determinado partido, o qual tem um programa ideológico claro, discutido e conhecido, pelo menos sei se, em menor ou maior grau, me identifico com ele, e, razoavelmente, conheço o que aquele partido pretende fazer se chegar ao governo.
O que é que se conhece da ideologia partidária hoje?
NAP

17 outubro 2006

Ainda não foi desta...

...quem sabe talvez para o ano...

NAP

Universidade do Minho - CP2 - 16/10/2006


Placard de Optometria e Ciências da Visão

No seguimento do post anterior...abstenho-me de comentários!

PIZUNI

16 outubro 2006

Praxe / Este tempo que passa

Nas visitas de ofício à página dos alunos de Direito pude ler este aviso. E ainda este.
O tempo que já passou depois das acesas discussões aqui travadas sobre o tema não fez apagar a memória nem o sentido crítico de análise que o tema merece.
Ia deixar passar em claro o episódio mas entendo que não o devo fazer.
Porta de trás do CP2 e nos primeiros dias de Outubro, decorria a praxe.
Glosando uma célebre rábula de Vasco Santana e o candeeiro da iluminação pública, a caloira envolvia o poste com as mãos e, em sucessivos movimentos para cima e para baixo, simulava a masturbação enquanto, ao mesmo tempo, berrava:
"Dá-me luz! Dá-me luz!"
Os "doutores" gozavam a cena com sorrisos mal disfarçados enquanto se divertiam a olhar a expressão daqueles que por ali passavam. E gritavam para a caloira:
"Como? Não se ouve nada!"
"Dá-me luz! Dá-me luz!" - insistia, berrando ainda mais alto, a caloira.
E os "doutores" riam, num gozo incontido enquanto um deles dava a ordem a outro caloiro, um rapaz, para avançar.
O caloiro, rindo com um ar ridículo, aproximava-se, por trás, da caloira e, simulando a cópula, gritava:
"Ai queres luz! Toma lá o Sol. Toma lá o Sol!"
Risada geral dos "doutores"!
Não acredito que aqueles que defendem a praxe subscrevam este tipo de actuações.
Ridículas! Humilhantes! Degradantes!
Não dignificam ninguém!
Acabem com isto!
Basta!

JL

Braga - um sucesso inevitável (?)

Gostaria de compartilhar convosco um sentimento que me vem acompanhando nos últimos tempos e que tem a ver com o desenvolvimento da nossa cidade.
De facto, e abstraindo-nos agora das críticas (justas) a muitas políticas locais e mesmo nacionais que têm travado o desenvolvimento de Braga e de toda a região, parece-me notória a evolução verificada nos últimos anos.

Comecemos por um tema pouco querido para alguns, mas que para mim se revela essencial: futebol. É um facto que a nossa cidade se projectou sobremaneira a partir do Euro 2004, e, como é óbvio, devido à notoriedade e importância hoje reconhecidas ao S.C.Braga. Gostando ou não, o fenómeno “futebol” é hoje o maior meio propagandístico de uma cidade e de uma região!

Para além disso, mas paralelamente, surge-nos a Universidade do Minho cada vez mais reconhecida (nacional e internacionalmente) como uma instituição de qualidade, o que pode ser comprovado pelo acordo elaborado pelo governo com o MIT, englobando a área de engenharia da UM, ou mesmo pelo facto de sermos a universidade com maior média de entrada no curso de medicina, ou até (e porque não?) pelo desenvolvimento verificado no curso de Direito…

No campo cultural, assistiremos neste mês a um acontecimento decisivo e, esperemos, de grande sucesso, que é a reabertura do velhinho Theatro Circo, finalmente com um cartaz digno de uma cidade desenvolvida…

Até mesmo na vertente económica e empresarial me parece haver um clima de confiança, que possibilita(rá) um nível elevado de investimento, numa região jovem e onde há exemplos pioneiros (principalmente ao nível das novas tecnologias). Prova disso mesmo é a notícia de hoje do Diário do Minho, dando conta da abertura de quatro grandes superfícies comerciais.

Mesmo não passando (eventualmente) de uma vã ilusão, sinto um clima de renovação, de novidade, de busca pela excelência…Porque sou um optimista por natureza e, acima de tudo, porque creio firmemente na existência de uma região com potencial, aqui fica o meu desabafo/esperança…

PIZUNI

14 outubro 2006

Já não há pachorra!!!

A arrumação das opções políticas em direita e esquerda tem sido uma forma redutora de perspectivar o posicionamento de cada indivíduo, enquanto tal ou em grupo, face aos problemas que enfrenta e quanto às soluções que defende para a sua resolução.
Vem isto a propósito de uma discussão que temos vindo a travar no sentido de se encontrar o "melhor dos mundos".
Porque se trata de utopia almejar aquele desiderato haverá que encontrar uma solução de compromisso na qual qualquer indivíduo possa realizar-se na plenitude dos seus direitos e das suas capacidades sem que isso signifique o atropelamento do(s) "outro(s)" ou dos seus direitos.
A democracia com uma organização económica assente nos princípios do capitalismo e a primazia do mercado podem não ser "a solução".
Mas já não tenho disponibilidade material nem intelectual para ler, ouvir ou discutir com quem ou com aqueles que, a contrario, enunciam quase tautologicamente as "verdades" de esquerda e a elas pretendem outorgar uma validade dogmática, inquestionável.
E muito menos quando sustentam a sua argumentação de suposta plena validade quando "no outro lado" descobrem pontos fracos ou linhas de fragilidade.

Será que teremos aqui a "quadratura do círculo"?

Acredito que não!

JL

13 outubro 2006

Atabalhoada

Começam de novos as aulas, frémitos incalculáveis percorrem os espaços da Universidade do Minho, por um lado, o mais notório, os caloiros, (de esperar), do outro, as vozes incautas que falam surdas de algo já concretizado, (o Processo de Bolonha). O frenesim mistura-se, mas as vozes mais fortes, mais sonantes e estridentes são desses que ainda agora acabaram de chegar, são-no, porque ainda agora acabaram de chegar,...
Pois bem, nomeia-se a comissão, agendam-se as reuniões, tiram-se conclusões, fazem-se relatórios, e no final fazem-se as ditas modificações. Muito bem, trabalho bem sucedido. E afinal, quem são os visados? Ah, pois, são os alunos, esquecemo-nos. Não faz mal, organiza-se já uma sessão de esclarecimento. Claro, mas para 15.000 mil alunos?onde? Não te preocupes, achas que eles comparecem.
Começam de novo as aulas, falando com inúmeros alunos, há uns meses, todos sabiam o que era o "Processo de Bolonha", embora uns lhe chamassem, "Tratado", outros "Acordo", e ainda outros "Aquela cena de". Hoje a situação é diferente, "Bolonha" já está cá, e não é um parente próximo que nos veio visitar, é uma modificação objectiva nas estruturas curriculares; quais as implicações?, que cadeiras mudam e o seu regime de equivalência?, os métodos de ensino mantêm-se com a alteração de cadeiras anuais para semestrais?, o regime ECTS permite-me escolher as cadeiras que quero fazer, já que o curso é um acumulado de créditos?. Hoje, esses mesmos alunos parecem confusos, agrilhoados a um sistema que decide e não deixa decidir.
Atabalhoada a forma comunicativa como tudo decorreu, os alunos não exigiram saber, nem participar, os professores não se sentiram obrigados a esclarecer, as comissões já tinham feito o seu trabalho.
Enquanto as vozes ressoarem nas paredes apenas nos primeiros meses do ano lectivo, pelos motivos que todos sabemos, atabalhoados serão todos os processos, transições, modificações que porventura se pretendam implementar.

A ignorância é a batuta que orienta o rebanho.
PSB

12 outubro 2006

Impressões

O mais provável é que tudo não passe de uma simples impressão minha. Mas tenho vindo a ficar com a impressão que, actualmente, toda a gente faz questão de dizer e escrever que as suas opiniões são do mais "politicamente incorrecto" que há. No meio de uma conversa, acesa ou banal, no segundo ou terceiro parágrafo de um artigo de jornal, lá aparece a sacramental expressão:"Eu sei que isto é politicamente incorrecto... mas que se dane." E logo em seguida vem a opinião terrivelmente subversiva.
Tenho para mim que este "politicamente incorrecto" se está a transformar no novo "politicamente correcto". Seja lá isso o que for.

NAP

A ler

Vale a pena ler hoje no Público o artigo de J.P.Pereira: "Por que razão a democracia tem medo de Salazar?"
Se evitarmos falar dele pode ser que nos convençamos que ele nunca existiu. Eu já nem me lembro do nome... "Sala..." quê?

NAP

11 outubro 2006

Concurso de Ideias

A Semana da ELSA UMinho está marcada para os dias 17, 18 e 19 de Abril de 2007.

Vamos transformar estes dias em mais um motivo de orgulho para a Escola de Direito.

Lançamos um desafio a todos os que nos visitam.

Apresentem-nos as vossas ideias sobre os temas a discutir e actividades a desenvolver durante a Semana da ELSA UMinho.

Queremos premiar este exercício de criatividade.

Surpreendam-nos!

Aos nossos leitores

O novo Presidente da ELSA UMinho, António Pedro, apresentou na Assembleia Geral alguns dos objectivos que pretende concretizar e o plano de acção a desenvolver. Destacamos:

"Transformar o blogue num importante espaço de informação e de discussão de ideias"

Como?
  1. Vamos abrir a possibilidade de publicação de textos que nos sejam enviados e cujo autor esteja identificado
  2. A publicação pode ser feita com identificação ou sob pseudónimo de acordo com o pedido do autor
  3. Não colocaremos limitação aos temas a abordar
Como fazer? Envia o teu texto para

casinodaelsa@gmail.com

Participa.

Este espaço também é teu!

VIIIª Direcção ELSA UMinho

A eleição de ontem, 10.Outubro, na Assembleia Geral Extraordinária dotou a ELSA UMinho de novos órgãos:

VIII ª Direcção
António Pedro Melo Feio Pinheiro Gonçalves - Presidente
João Fernando Ferreira Leite - Secretário Geral
Paulo Samuel Macedo Estrada - VP Semin. e Conferências
João Miguel Gonçalves Pereira da Costa - VP Act. Académicas
António Pedro Vicente de Barros - VP Marketing
Pedro Miguel Silva Bastos - VP STEP
Elsa Margarida dos Santos Veloso - Tesoureira

Mesa da Assembleia Geral
Nuno Gil Alves Pereira - Presidente
Cátia Marlene Silva Martins - Vice-Presidente
Maria de Jesus Passos Sá - Secretária

Conselho de Fiscalização
Duarte Costa Correia - Presidente
José Carlos Oliveira Queiroz - Vice-Presidente
Fernando Sérgio Pires Malheiro - Secretário

Estes aceitaram o compromisso e o desafio de fazer crescer a ELSA UMinho!
De todos se espera o contributo e apoio necessários nas futuras actividades.
Que os ventos da fortuna soprem favoráveis!

04 outubro 2006

Recordam-se?

Para que não caia no esquecimento e sirva para despertar os mais incautos, aqui fica o registo de quem, legitimamente, não aceitou calar a humilhação.
Ainda que o tempo jogue a favor daqueles que persistem em nada fazer para acabar com este estado de coisas, é reconfortante saber que ainda há quem não se acomode.
Para ler, no DN:

"Vítima de praxe pede 70 000,00€ de indemnização"

JL

"Ameaça inaceitável"

O Departamento de Estado norte-americano, através de um dos seus porta-vozes, Sean McCormack, declarou que o ensaio nuclear estudado pela Coreia do Norte é uma "ameaça inaceitável".
É de importancia extrema sublinhar que sou, como penso que devemos ser todos, contra as armas nucleares (não a energia nuclear, entenda-se) e que, decorrente daí, condeno a construção, uso ou teste de qualquer tipo de engenho nuclear. Infelizmente, quem comanda o poder político em todo o mundo não pensa assim...

Realçada está, de modo breve, a minha consideração ao uso de poderio bélico desmesurado para o planeta, como o são as armas nucleares. Indo ao cerne do post, introduzido pelo primeiro parágrafo, o objectivo é, desde logo, demonstrar mais uma vez a tendência pistoleira dos nossos amigos EUA. Se o seu Departamento de Estado declara que é uma ameaça inaceitável um teste nuclear então está a assumir, à partida, dois factos relevantes. Por um lado, mostrando a sua veia pistoleira e imperial, assumem logo que tal teste é uma ameaça não colocando sequer a hipótese de Pyongyang estar apenas a cuidar de saber se o seu material está pronto para ser usado correctamente em caso de catástrofe planetária (como seria caso esse cenário fosse contruído) e não tem qualquer intenção de ameaçar os EUA mas sim de saber e fazer com que os outros saibam que tem todo o material pronto a ser usado...eu arrisco-me a dizer que tem de haver esse contrapeso da balançao imperial, talvez preferisse o Presidente iraniano...Por outro lado, o facto de a ameaça ser oficialmente adjectivada de inaceitável relaciona ambos os factos relevantes na medida em que, se rodarmos a esfera do problema, Pyongyang ainda terá mais razões para testar todas e mais algumas armas quando tem um pistoleiro a dizer aos amigos todos que acha inaceitável e ameaçadora a sua atitude.

BSA

03 outubro 2006

Os novos estudantes

Pude ouvir na rádio (TSF - 03.Out), o ministro Mariano Gago a declarar que, pela 1ª vez nos últimos 3 anos, o número de candidatos ao ensino superior subiu. E esclareceu: "Apesar do decréscimo da taxa de natalidade que fez com que o número de candidatos com 18 anos descesse, o facto é que no total esse número subiu!"
Onde está a razão para este facto?
Os concursos especiais abertos aos indivíduos com mais de 23 anos, os candidatos com cursos médios ou com cursos pós-secundários e ainda os trabalhadores-estudantes são os responsáveis por esta viragem.
Para quem frequenta o espaço da UM esta é também uma realidade verificável que, no curto prazo, trará consequências positivas. Porquê?
Estes novos candidatos têm e manifestam um nível distinto de exigência, de rigor e de ambição. Não têm tempo para perder tempo!
Ao enfrentarem o desafio da licenciatura demonstram que ainda não desistiram de sonhar e acreditam que podem fazer a diferença!
Saibamos acolhê-los bem e perceber que o Mundo lá fora nos exige muito mais do que "os cadernos" ou os livros.

JL