Atabalhoada
Começam de novos as aulas, frémitos incalculáveis percorrem os espaços da Universidade do Minho, por um lado, o mais notório, os caloiros, (de esperar), do outro, as vozes incautas que falam surdas de algo já concretizado, (o Processo de Bolonha). O frenesim mistura-se, mas as vozes mais fortes, mais sonantes e estridentes são desses que ainda agora acabaram de chegar, são-no, porque ainda agora acabaram de chegar,...
Pois bem, nomeia-se a comissão, agendam-se as reuniões, tiram-se conclusões, fazem-se relatórios, e no final fazem-se as ditas modificações. Muito bem, trabalho bem sucedido. E afinal, quem são os visados? Ah, pois, são os alunos, esquecemo-nos. Não faz mal, organiza-se já uma sessão de esclarecimento. Claro, mas para 15.000 mil alunos?onde? Não te preocupes, achas que eles comparecem.
Começam de novo as aulas, falando com inúmeros alunos, há uns meses, todos sabiam o que era o "Processo de Bolonha", embora uns lhe chamassem, "Tratado", outros "Acordo", e ainda outros "Aquela cena de". Hoje a situação é diferente, "Bolonha" já está cá, e não é um parente próximo que nos veio visitar, é uma modificação objectiva nas estruturas curriculares; quais as implicações?, que cadeiras mudam e o seu regime de equivalência?, os métodos de ensino mantêm-se com a alteração de cadeiras anuais para semestrais?, o regime ECTS permite-me escolher as cadeiras que quero fazer, já que o curso é um acumulado de créditos?. Hoje, esses mesmos alunos parecem confusos, agrilhoados a um sistema que decide e não deixa decidir.
Atabalhoada a forma comunicativa como tudo decorreu, os alunos não exigiram saber, nem participar, os professores não se sentiram obrigados a esclarecer, as comissões já tinham feito o seu trabalho.
Enquanto as vozes ressoarem nas paredes apenas nos primeiros meses do ano lectivo, pelos motivos que todos sabemos, atabalhoados serão todos os processos, transições, modificações que porventura se pretendam implementar.
Pois bem, nomeia-se a comissão, agendam-se as reuniões, tiram-se conclusões, fazem-se relatórios, e no final fazem-se as ditas modificações. Muito bem, trabalho bem sucedido. E afinal, quem são os visados? Ah, pois, são os alunos, esquecemo-nos. Não faz mal, organiza-se já uma sessão de esclarecimento. Claro, mas para 15.000 mil alunos?onde? Não te preocupes, achas que eles comparecem.
Começam de novo as aulas, falando com inúmeros alunos, há uns meses, todos sabiam o que era o "Processo de Bolonha", embora uns lhe chamassem, "Tratado", outros "Acordo", e ainda outros "Aquela cena de". Hoje a situação é diferente, "Bolonha" já está cá, e não é um parente próximo que nos veio visitar, é uma modificação objectiva nas estruturas curriculares; quais as implicações?, que cadeiras mudam e o seu regime de equivalência?, os métodos de ensino mantêm-se com a alteração de cadeiras anuais para semestrais?, o regime ECTS permite-me escolher as cadeiras que quero fazer, já que o curso é um acumulado de créditos?. Hoje, esses mesmos alunos parecem confusos, agrilhoados a um sistema que decide e não deixa decidir.
Atabalhoada a forma comunicativa como tudo decorreu, os alunos não exigiram saber, nem participar, os professores não se sentiram obrigados a esclarecer, as comissões já tinham feito o seu trabalho.
Enquanto as vozes ressoarem nas paredes apenas nos primeiros meses do ano lectivo, pelos motivos que todos sabemos, atabalhoados serão todos os processos, transições, modificações que porventura se pretendam implementar.
A ignorância é a batuta que orienta o rebanho.
PSB
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