31 março 2006

É melhor entrar pela cozinha

Da última vez foi carne de porco com rebentos de soja. Os rebentos estavam um bocado agitados; por duas vezes que os tive de ir buscar fora do prato. Se calhar não era soja.

NAP

30 março 2006

O papel? Que papel?

"Não podem pôr isso!" - diz o segurança.
"Porquê?!" - perguntam os alunos, num misto de incredulidade e surpresa.
"Não temos conhecimento nem recebemos autorização." - esclarece.
"Mas os senhores sabem, melhor, o responsável sabe porque falámos com ele à tarde!" - insistiu um dos alunos.
"Até pode ser mas não temos autorização escrita." - rematou imperturbável na sua posição de defesa do "seu castelo".
Surreal? Talvez!
Mas foi o que aconteceu hoje às 22,00 horas quando alguns elementos da ELSA quiseram concretizar o que havia sido inviabilizado às 18,00 horas por não haver uma escada disponível no Campus de Gualtar - colocar uma "lona" a publicitar a "IV Semana da Elsa".
Em vão procurámos demover os seguranças que, num lampejo de lucidez, apelaram ao "chefe" de serviço. Curiosamente, o mesmo com o qual havíamos falado à tarde.
"Isso foi à tarde. Depois das 20,00 horas só com autorização por escrito!" - sentenciou.
Maldito papel!
Malfadadas instituições que assim funcionam!
Triste país que assim sobrevive!
Até quando?
Será que não percebem o modo como inverteram a razão de ser das coisas?
Será que não alcançam as nefastas consequências deste estado de coisas?
Será que merecem o esforço e dedicação de alguns (poucos!) que ainda estão disponíveis para elevar o nome da instituição?
Será que isso altera a sua formatação?
Decididamente, a ordem das coisas está invertida!
Magoados, ofendidos, vilipendiados e ultrajados no nosso esforço e trabalho abandonámos o Campus de Gualtar.
Tratados como intrusos, assaltantes e malfeitores!
Assim, NÃO!

JL

E nós, como faremos?

A propósito do CPE - contrato para o primeiro emprego - tenho seguido a discussão que se tem travado no Filtragens.
Reconheço que o tema é "quente" e que tem implicações diversas em função da perspectiva em que o abordamos e/ou da posição que ocupemos na relação de trabalho.
Tendo já discutido o tema em momentos e com pessoas tão diversas não consigo declarar-me abertamente a favor ou contra.
Por isso quero chamar a atenção para a análise feita por eins nos comentários, um dos mais brilhantes licenciados saidos da Escola de Economia da UM.
Rigor e racionalidade associados a uma clareza de escrita que raramente se encontram num economista.
Em contraponto, a TSF vai passar uma peça amanhã, 31.Mar depois das 19 horas, sobre os novos desempregados, com idade acima dos 40/45 anos.
Em determinado momento, ouve-se:
"Bati a muitas portas. Quando mostrava o BI diziam-me que era velho!
Num país que não é o meu, quando disse que tinha 45 anos, disseram-me que era um profissional com muita experiência. E acolheram-me!"
Eis a nossa realidade...

JL

Se pagares a gente aparece por lá

Há alguns anos atrás, por decisão da administração tributária, um grupo de inspectores das finanças levou a cabo uma fiscalização às empresas de uma pequena cidade do nosso país.
A sindicância começou por uma pequena empresa de prestação de serviços. O sócio gerente ao tomar conhecimento da situação estranhou o caso. Estava seguro da sua conduta. Durante mais de duas décadas de funcionamento do estabelecimento sempre cumprira as suas obrigações com o fisco. Nunca tivera, sequer, um atraso na mais pequena das suas contribuições. Assim sendo, decidiu contactar o responsável pela repartição das finanças locais (que servia de cicerone aos inspectores) e questioná-lo sobre o motivo desta fiscalização.
O chefe de finanças prontificou-se a esclarecer: “O senhor sabe como é… tem as coisas sempre muito direitinhas. Paga sempre tudo e a horas. Sabia que consigo não havia problemas. E enquanto eles estão lá entretidos a verificar as suas contas sempre dá tempo para avisar os outros… para pôr as coisas em ordem”.
Entretanto, a fiscalização prosseguia, dia após dia. Os fiscais pareciam nada encontrar, mas o empresário notava um especial empenho por parte daqueles para detectarem irregularidades. E, no final dos trabalhos, eis que lhe é notificada a intenção da administração tributária de proceder à aplicação de uma coima em alguns milhares de contos.
Indignado, com a injustiça e com o que lhe parecia ser uma ilegalidade, o empresário decidiu recorrer judicialmente da penalidade que lhe fora aplicada. Mas não sem antes ser obrigado depositar a quantia em que havia sido condenado. “Primeiro paga-se depois reclama-se”.
A decisão judicial, sempre morosa como habitual, veio dar inteira razão ao particular e condenou o fisco a devolver a quantia já paga, bem como, os juros correspondentes ao tempo que mediava entre o pagamento e a decisão. O empresário rejubilou com aquilo que parecia ser o restabelecimento da justiça. Mas era cedo. Os meses sucederam-se à decisão judicial e nada era devolvido. Os pedidos de informação à repartição de finanças eram pouco mais que infrutíferos e de nada pareciam adiantar.
Já desesperado, o empresário falou com alguns amigos que lhe indicaram um funcionário das finanças dos serviços centrais (de Lisboa!) ao qual ele deveria expor a sua situação. Ao tomar conhecimento do sucedido o funcionário da capital pareceu surpreendido com a demora e prometeu resolver o mais depressa possível o problema. Alguma semanas depois o dinheiro foi devolvido.
E os juros? Nada. Simplesmente nada foi pago. Mas com isto tudo o empresário ficou impossibilitado de usar o dinheiro durante o tempo em que este esteve retido, não pôde usufruir dos seus frutos e teve de arcar com as despesas com o advogado.
Quem nos salva deste Estado?

NAP

28 março 2006

Dá que pensar

O professor esforçava-se por discutir o assunto que trazia preparado para a aula. Uma pergunta e nada. Segunda pergunta e o silêncio mantinha-se na sala.
"São sempre assim tão pouco participativos?" - arriscou.
"Tinham-me dito que não, pelo contrário!" - respondeu face ao continuado silêncio.
"Estarão cansados! Quantas aulas já tiveram hoje?" - arriscou, de novo.
"Esta é a segunda!" - recebeu de resposta.
A expressão do seu olhar foi por demais eloquente. Não precisou de palavras.
E continuou a expôr a matéria enfrentando uma plateia de alunos de nariz enfiado nos "cadernos" a não querer perder nada do "ditado" e pouco interessada em "discussões doutrinárias".
Parecia querer quebrar o "ritmo" a que se vai "ensinando" na universidade.
Creio que ainda não desistiu. Faço votos para que não o faça.
Para não ficar a sensação (ou certeza!!!) de que é possível a um qualquer aluno obter uma licenciatura, sujeitando-se apenas a exames escritos, suportado em "cadernos", sem nunca ter enfrentado qualquer professor nem, tão pouco, ter "aberto a boca" durante as aulas.
Dá que pensar!

JL

Barca Velha


Um dos melhores vinhos portugueses. Só em anos de colheita excepcional há Barca Velha; o ano passado parece ter sido um desses anos. Infelizmente nunca provei, não tenho tido (dinheiro) tempo.

NAP

24 março 2006

CSI

Confesso que sou um espectador pouco assíduo de CSI. Vou vendo, de quando em vez, o meu episódio de CSI Miami, e ainda mais esporadicamente um episódio de CSI Nova Iorque (no cabo). Tenho amigos que assistem religiosamente a cada episódio e já apresentam soluções científico -forenses com pose de peritos experimentados.
A série é interessante, é óbvio. Há o crime, normalmente muito elaborado, há uma equipa de polícia técnica que domina as mais improváveis formas de encontrar vestígios, resquícios e quejandos do delito, por mais ínfimos que sejam, e que em cima da hora conseguem brilhantemente demonstrar (sempre rigorosa e cientificamente) a autoria do crime. Mas há ali algo que me inquieta. A pose dos investigadores, talvez. Debaixo dos óculos escuros e em cima de um pedestal vão avisando os suspeitos que não tarda nada serão punidos, “terão aquilo que merecem”. Esta pose justicialista, que acusa primeiro, promete castigo, ameaça e só depois arranja provas, não me atrai especialmente.
Ainda bem que quem investiga não julga. Imaginem o que seria um julgamento feito por Horatio.


NAP

Já cheira

Hoje à noite. Imperdível.

NAP

O dia depois de amanhã



Pelos vistos o Governo Regional da Madeira não está interessado em celebrar o 25 de Abril este ano. Nem sequer estão previstas quaisquer comemorações.
Acho bem. Aliás, tem toda a lógica. Não faz sentido celebrar uma coisa que ainda não aconteceu.


NAP

22 março 2006

Bem prega Frei Tomás... II

Assim, não temos futuro.
"Compromisso Portugal" - lembram-se?

Uma leitura a não perder!!!

JL

21 março 2006

Bem prega Frei Tomás...

Ou, então, ainda não percebi!
A empresa A resolve comprar a empresa B visando conquistar uma posição de "player" de peso no mercado.
O empresário C percebe que a sua posição pode estar em risco e clama "aos quatro ventos" que tal compra não deve ser autorizada.
A saber, o empresário C é apontado por todos os "opinion makers" como um dos exemplos de sucesso da iniciativa privada.
Sonae, PT, Vodafone e Carrapatoso ou o incontornável apelo ao proteccionismo que todos dizem rejeitar mas que buscam quando sentem o cheiro a chamuscado?
Descubra as diferenças!

JL

20 março 2006

SEDE, Finalmente!


Temos o prazer de anunciar que a ELSAUMinho já tem sede! Algumas das actividades da Associação terão lá lugar, designadamente a venda de Sebentas de Direito das Obrigações. Estão deste modo convidados a visitar as instalações, devendo para isso deslocar-se à sala 316 do Complexo Pedagógico 2 da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, ao lado do Jornal Académico.


10 março 2006

Um partido à medida de Portas


O CDS tem um líder que não é. Nem sequer é líder. Um presidente eleito simplesmente porque Portas precisava de se distanciar, gozar férias, para depois voltar. Como sempre.
No Parlamento Ribeiro e Castro não existe. Está longe, lá na Europa. O "bando" (a expressão é dele), está, sempre esteve, à volta de Portas. A voz de Castro vai chegando fraquinha ao Partido e é a custo que os desentendimentos entre os parlamentares e o seu "líder" se vão ultrapassando. Portas vai começar a falar na Tv, pelos vistos de arte. Até quando? O filme parece seguir um caminho anunciado.

NAP

O regresso do festival da canção

Pensei, há alguns anos atrás, que finalmente me iria libertar de um dos pesadelos de infância. Mas não! Qual pesadelo em Portugal Street ele está de volta. Valha-nos (algum) cabo... para quem pode.

NAP

09 março 2006

Não acredito!

O país prepara-se para mais uma longa maratona televisiva de culto de personalidade.
Sim, mais uma! Depois do episódio Irmã Lúcia/Fátima ainda "fresco" na memória de todos.
Com a tomada de posse do novo Presidente da República não creio que se justifique este exagero de afectação de recursos e pessoas. O ridículo apodera-se de todos aqueles que têm de falar para ocupar o tempo quer na rádio quer na televisão.
À falta de alguma coisa para dizer porque nada havia ainda acontecido, de facto, o repórter brinda-nos com esta pérola logo pelas 08,30 horas:
"O pai do Presidente vai com um fato novo que os filhos mandaram fazer em Faro. Comprou uma camisa e uns sapatos para o momento. E até as cuecas são novas!"
Não acredito!!!
Haja paciência e uma vassoura para varrer a incompetência!

JL

É hoje!!!

Passaram já dois meses desde a última vez que coloquei um post.
O trabalho, a família e os exames contribuiram para que assim acontecesse. Mas não só!
Antes havia escrito, na Derectum, sobre o período de "hibernação" a que se submetem os estudantes logo que se inicia o tempo de exames. "Enfiados" em casa e nos livros!
Sem tempo para nada ou, pelo contrário, a manifesta incapacidade de gestão do tempo?
Daria uma boa discussão!
Está agendada para hoje a Assembleia Geral da ELSA.
Espera-se algumas novidades e o renovar de um projecto que pode reforçar a academia.
Haverá sempre um grupo disponível para fazer coisas, coisas diferentes e que acrescentem algo ao monótono decorrer do tempo até à proxima "hibernação".
Sempre na expectativa de que outros a eles se juntem!

JL

02 março 2006

Convocatória

Assembleia-Geral Extraordinária

Vimos por este meio convocar todos os associados da ELSA UMinho (Associação Europeia de Estudantes de Direito, Universidade do Minho) para uma Assembleia-Geral a ter lugar Quinta-feira, dia 9 de Março de 2006, pelas 15h.00, no Anfiteatro 1.01 da EEG, da Universidade do Minho.

Ordem de Trabalhos:

1. Eleição dos novos orgãos da Associação;

2. Apresentação, discussão e votação do Relatório de Contas do mandato 2005/2006;

3. Outros assuntos de interesse geral;


Braga, 1 de Março de 2006
O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
Paulo Estrada

Comunicado

Em Novembro de 2005 a presidente da ELSA UMinho apresentou a sua demissão ao presidente da Assembleia Geral que nomeou uma comissão para assegurar a continuidade dos trabalhos até à marcação de novas eleições. Eleições essas que realizar-se-ão nas próximas semanas.