Casino da ELSA
««««««»»»»»» Blog da Associação Europeia de Estudantes de Direito - Universidade do Minho ««««««»»»»»» Objectivos: 1. Comunicação institucional da ELSA UMinho - "posted by Casino da ELSA"; 2. Espaço aberto de discussão onde os autores assinam os textos não vinculando a ELSA, uma associação de perfil não político.
31 dezembro 2006
30 dezembro 2006
Meus caros, até 2007!!!!!!!!!!!!!
Vou fechar o meu posto de trabalho mas não o faço sem que me despeça dos meus amigos e de todos aqueles que por aqui passam (têm passado) e vão lendo as nossas diatribes.
Este ano que agora termina não foi fácil para ninguém.
O horizonte do próximo não augura um caminho sem obstáculos!
Mas fomos feitos de uma massa de "antes quebrar que torcer"!
Por isso, os meus votos só podem ser, para todos e sem excepção:
Um grande ano de 2007 e que todos os projectos se concretizem!
Vamos lutar pelo sonho!
É preciso continuar a acreditar!
Com esperança!
Vários... em jeito de balanço
"Marcelo sabe cativar pessoas" - lia-se em título.
Afinal o texto retrata o sucesso do diálogo entre um Professor e os seus alunos. Isto acontece na Grande Lisboa e daí que todos os alunos gostassem de encontrar sempre um tal tratamento...
Enfim, questão de educação e princípios dum grande senhor...
Grandeza não se aprecia apenas nos momentos em que professores e alunos convivem em jantares, mas em todos os actos em que seja visível a aproximação entre pessoas com funções sociais diferentes.
O aluno em geral paga para aprender; o professor é pago para ensinar.
Talvez os segundos nem sempre entendam esta realidade...
Avaliamos o aluno, o sucesso ou insucesso, em duas horas...
Avaliamos um professor pelos resultados ou pelo curriculum?
A relatividade da apreciação permite sempre que a culpa seja do aluno.
Talvez um dia a metodologia de ensino responsabilize ambos pelo insucesso.
CQ
Debate quente!
De acordo com o que vem noticiado na imprensa e do pouco que se vai sabendo, Teixeira dos Santos, ministro das finanças, fez a apresentação, em Conselho de Ministros, do projecto de criação da Empresa de Gestão Partilhada de Recursos da Administração Pública. Esta empresa tem por objectivo a gestão da frota automóvel e dos funcionários públicos.
Estamos conversados!
Ou aquela gente não percebe nada de gestão (e o Primeiro-Ministro tem obrigação de saber) ou andam à procura de coisas que nada têm a ver com a modernização da Administração Pública.
1 - Não é preciso criar uma empresa para se conseguir aqueles objectivos; basta que a AP funcione mesmo!
2 - Juntar automóveis e funcionários como objecto da dita empresa demonstra o quanto aqueles senhores estão preocupados com as pessoas!
Debate quente foi o que resultou da discussão. Não sobre o mérito do projecto ou dos objectivos a que se propõe mas de quem vai controlar o processo.
Em linguagem bem portuguesa, quem vai mandar e/ou quem vai meter a mão na massa!
E agora?
O fim da "raposa do deserto"
Saddam Hussein foi executado momentos antes das 6 da manhã, hora local, naquele que é considerado o dia mais sagrado do calendário muçulmano.
Quase no fim de um ano que não deixará saudades para muitos, não posso deixar de referenciar o desapontamento quanto a este desfecho.
A incapacidade dos homens para enfrentar o futuro sem medo do passado ou dos seus fantasmas continua a ser algo que escapa ao meu entendimento.
O ódio continua a superar a razão.
Um professor dizia que demorámos milhões de anos a aprender a controlar os instintos; mas precisamos apenas de milionésimos de segundo para os mostrar face aos que nos são iguais quando obstinados e incapazes de usar a razão.
Se completarmos o quadro com os interesses (nem sempre confessáveis!) que se escondem por detrás de muitas das decisões que afectam as nossas vidas então teremos o caldo de cultura que privilegia e valida os meios desde que se atinjam os fins.
Aprendamos com os nossos erros e os da História!
29 dezembro 2006
Endoidou!
Decididamente, não lhe tomam o jeito.
"Demitiram-se 19 dos 25 directores de serviço do Hospital Pedro Hispano. Estão contra o controlo da assiduidade por impressão digital nesta unidade de saúde." - in JN, 29.Dez
Pergunta-se:
1 - Se estão a cumprir as normas quanto à pontualidade e assiduidade a que se encontram vinculados, onde está o motivo desta reacção?
2 - Consideram-se intocáveis a quem não podem ser aplicadas soluções que visam o cumprimento dos objectivos que a lei impõe?
3 - Ou pretendem continuar a tirar partido do melhor dos dois mundos, o público e o privado?
Fica-se na expectativa.
Para reflectir...
"Finalmente, o país descobriu que as pessoas constituem o principal suporte e património de qualquer organização; elas são o garante do sucesso ou explicam o fracasso."
Será que nas Universidades já se descobriu que o ensino se destina aos alunos?
E que o insucesso resulta do sistema?
Não será tempo de deixar de culpar apenas os alunos?
CQ
Por que será?
Por diversas vezes e em contextos distintos, o tema tem sido a base da discussão: "endogamia nas universidades portuguesas e as razões do insucesso do ensino superior".
Poucos se arriscam a expor o que pensam e a testemunhar aquilo por que passaram.
O JN, 28.Dez, publica uma notícia sobre o tema. A não perder!
Fica um extracto para espicaçar a curiosidade:
"Endogamia e mobilidade na universidade portuguesa" foi o tema do debate sobre por que é Portugal o país da Europa com maior índice de endogamia, ou seja, de contratação de docentes da própria instituição em detrimento de candidatos externos - 91% face aos 88% da Espanha, muito longe do 1% da Alemanha."
"...na sua universidade há avaliações escritas anuais - que são obrigatórias - para se saber como evoluiu o professor."
Há quem ande a procurar muito longe as respostas!
28 dezembro 2006
Ao trabalho?
As palavras de ordem são, inevitavelmente, produzir e trabalhar.
A ordem pouco importa.
A curiosidade está apenas nas benesses que o Sr. Primeiro Ministro concede a alguns esquecendo os restantes cidadãos a quem pede mais e mais sacrifícios!
Produtividade com dispensas de trabalho soa mal!
O país não pode continuar a duas velocidades (público e privado). Rio terá pretendido demonstrar algo mais que um bom exemplo?
Sócrates apela ao trabalho mas, como Janeiro implicará novos sacrifícios, terá pretendido serenar sindicatos?
Ninguém duvida que sem trabalho não há sucesso, mesmo em política.
CQ
Um balanço inevitável...
O progresso, a evolução, tão desejada quanto prometida, terão tido resultados positivos em 2006?
Um discurso optimista, frases empolgantes, alguns lugares distribuídos serão suficientes para avaliar um qualquer Governo? Julgo que não.
O ensino, o desemprego, a saúde, a segurança social e a produtividade continuam à espera de medidas efectivas que mostrem resultados...
Não chega pretender um referendo, urge educar, esclarecer, evoluir num processo moroso e sensível aos cidadãos.
A campanha já se iniciou... Curiosamente, misturando fé com vida e política...
Continuamos adeptos do passado e esquecemos que progredir é evoluir em todos os sectores!
CQ
27 dezembro 2006
Quo vadis, Portugal?
As notícias de hoje sobre o volume de dinheiro movimentado nesta quadra de Natal deixaram-me perplexo!
Fico sem saber como reagir quando ouço falar das dificuldades do país, do estado da economia, do endividamento crescente das famílias e ...
A verdade é que os factos tendem a contrariar este carpir de mágoas que, persistentemente, acompanha as nossas vidas.
Ou, então, já não sabemos viver de outro modo apesar de tudo.
Mas insisto. O equivalente a dois aeroportos da OTA!
Ah, valentes!
Não quero parecer aziago mas creio que este é ainda um manifesto sinal da nossa ainda menoridade em termos de desenvolvimento.
Continuamos a manifestar a nossa incapacidade para definir prioridades!
E, para agravar o problema, esperamos que outros decidam por nós.
Infelizmente!
24 dezembro 2006
Um olhar em redor...
Faz frio, os sem abrigo andam algures por aí, pessoas de idade avançada são tratadas tantas vezes como máquinas gastas ou avariadas...
Perante dramas como estes temos ainda desemprego, exclusão social e carências de toda a ordem!
Que fazer?
Ler o livro da mulher que fala de casos do futebol, ouvir polémicas sobre qualquer coisa que surja como noticia mediática, novidades do caso Casa Pia ou simplesmente agitar a questão da IVG?
Enfim, mesmo em época natalícia, as coisas vão continuar como antes apenas mudam as datas...
CQ
22 dezembro 2006
Agora, o mercado!
A AdC decidiu pela não oposição à OPA da Sonaecom à PT.
Carrapatoso (o Gestor Maravilha!) e a Vodafone não aceitam e ponderam o recurso aos tribunais. Porquê? Por causa do consumidor? Não! Vêem-se ultrapassados por aquele que sempre consideraram o "3º operador", aquele que seria inofensivo. Enganaram-se!
E a PT? De uma forma a roçar o desprezo pela AdC, declara que a decisão nada acrescenta ao que já se sabia. E mantém-se numa atitude de oposição à OPA sem que para tanto demonstre por que razão os seus accionistas não hão-de vender à Sonaecom.
Chegou a hora do mercado.
Para aqueles que defendem uma visão liberal de não intervenção do Estado, chegou o momento de demonstrar que é possível!
Têm entre mãos só a maior operação de sempre na economia portuguesa.
Aproveitem!
Nós, os consumidores e porque não temos alternativa, ficamos à espera.
21 dezembro 2006
Faltam 2 dias!
Ao que parece, a administração da PT já não contesta a OPA que a SONAE lançou no mercado das comunicações.
Do comunicado que ontem fez publicar, pode-se perceber uma argumentação que se tem vindo a desviar do essencial - a OPA - e a procurar descobrir na forma aquilo que não consegue contrariar no conteúdo.
Mas o que mais surpreende é o argumento do hipotético monopólio que resultaria(á) no caso da OPA vir a ser aprovada.
Já ninguém se recorda do modo como actuava a PT durante todo o tempo em que esteve na condição de monopolista?
Sinceramente, esperava mais e melhor na qualidade de resposta ou de oposição à OPA.
Fica ainda a imagem de que apenas procuram defender as cadeiras onde se sentam!
O fundamento do Direito
Com a devida vénia, peço a "o sexo dos anjos", por empréstimo, este texto magnífico de Manuel Cavaleiro Ferreira.
Sei que o momento é de festa em família e de preparação para prestar provas.
Mas o tempo de um intervalo para fazer descansar os olhos em prosa plena de actualidade dar-se-á por bem empregue.
Há ideias que o tempo não desfaz.
20 dezembro 2006
Notícias preocupantes...
É notícia no DN, de 2006/12/19, o possível despedimento de pessoal na UM, em 2007!
Em época de Natal e quando é desejável um hino à vida, um apelo à paz e ao amor entre os homens, parece-me despropositado que alguém, dentro da própria instituíção, tenha abordado a questão nos termos referidos na notícia.
Certamente que haverá exagero ou má interpretação das palavras. Os alunos, por exemplo, até contribuem mais para a contenção das despesas!
CQ
Nota final: Um Bom Natal para a ELSA e seus colaboradores, professores, funcionários e alunos da UM
19 dezembro 2006
O sucesso em política...
Sucedem-se os projectos, surge o optimismo bem necessário. Mas a realidade desilude.
Países como a República Checa, Chipre e Eslovénia já ultrapassaram o rendimento per capita dos portugueses. Pouco mais de dois anos após a entrada na União Europeia.
Cinco anos a crescer abaixo da média europeia e sem grandes prespectivas de futuro fazem acreditar num cenário díficil para os próximos anos.
Onde estão as nossas políticas de sucesso?
CQ
Formidável!!!
Tal como uma criança que se deslumbra com o novo brinquedo é assim que me encontro agora. Acabo de experimentar mais uma novidade (para mim!) das novas tecnologias da comunicação.
Estou sentado no meu posto de trabalho, com um portátil à minha frente, ligado à internet, com uns auscultadores e um micro, a ouvir música. Ainda não tenho câmara!
Até aqui tudo normal como para o comum dos mortais desta geração.
Então onde está a novidade?
Sem precisar de telefone, fixo ou móvel, estou, desde há uma hora, a partilhar com os meus amigos o prazer e o gozo de utilizar esta nova forma de comunicação.
Em tempo real, estou a fazer chamadas "telefónicas" para a rede fixa ao custo de 0,017€ (1,7 cêntimos). Com uma qualidade surpreendente ao ponto de os meus amigos não acreditarem.
Mais um passo para destronar aqueles que ainda se comportam como monopolistas neste mercado.
Experimentem!
JL
18 dezembro 2006
Começou!
Começam hoje as "hostilidades".
Porque não somos masoquistas isto só pode significar o desafio e a certeza de estarmos a um passo de cumprir o primeiro patamar que pode abrir a porta dos sonhos.
A todos aqueles que deram o primeiro passo para esta caminhada uma palavra amiga e de motivação:
"Vocês são capazes! Vão conseguir!"
Em breve teremos o supremo gozo de olhar para trás e afirmar:
"Conseguimos! A ansiedade que nos toldava o intelecto não fazia qualquer sentido!"
Vemo-nos por aí...
JL
15 dezembro 2006
Bom prenúncio...
... a escolha de Maria José Morgado para liderar a equipa do MP responsável pela investigação do caso "Apito Dourado".
NAP
14 dezembro 2006
Pareceres jurídicos
"...Já se o leitor tiver dinheiro bastante, pode ir mais longe pode comprar a imparcialidade e a independência de um "jurista ilustre" (sim, a imparcialidade e a independência também estão à venda) com títulos que lhe permitam falar "ex cathedra" e de voz suficientemente grossa para impressionar o juiz, supostamente timorato, e influenciá-lo a seu favor em alguma "questão técnica". É o chamado "parecer jurídico", expressão máxima, em Direito, do princípio medieval da autoridade."
Vale a pena ler na íntegra AQUI!
JL
Que futuro?
Como ficamos bem quando somos agradavelmente surpreendidos!
Hoje, na despedida de mais uma unidade curricular, o Professor conseguiu arrancar o aplauso dos alunos.
Porquê? O sentimento de se ser verdadeiro!
O Professor foi genuíno nas palavras que dedicou àqueles que apelidou de "futuros colegas".
Alertou-os para o poder que vão ter nas mãos para decidir sobre a vida e os direitos das pessoas;
Pediu-lhes (Sim, pediu-lhes!) que usassem o seu saber sem que isso significasse a humilhação dos outros e
Apelou ao recurso ao bom senso, antes do Direito!
A fechar, desejou o sucesso aos seus alunos e confidenciou o quanto gostaria de, num futuro próximo, poder publicitar que também ele contribuiu com "um pouco" de si.
Os alunos perceberam a profundidade da mensagem e aplaudiram.
Obrigado, Professor!
JL
11 dezembro 2006
Um olhar diferente...
Esta semana, o editorial da "Revista Sábado" surpreendeu-me ao atribuir ao Sr. Kofi Annam a seguinte frase:
"(...) Gostava mais do Iraque de Saddam Hussein do que do país hoje em dia. Na altura, eles tinham um ditador brutal mas tinham segurança nas ruas, podiam ir à escola e voltar sem que a mãe ou o pai se preocupassem..."
Porque se trata do ainda Secretário-Geral da ONU, esta declaração merece reflexão. Terá ele esquecido o outro Iraque, o do terror, sem direitos humanos, com violação de mulheres, com desaparecimento de milhares de cidadãos, etc, etc...
Enfim, possivelmente, é apenas uma opinião política!
CQ
Sem honra
Pinochet morreu.
Sem honra que o venere nem memória que o guarde.
Desprezou e trucidou todos os que queriam respirar o ar da liberdade.
Alguém segredou que, não sendo possível levá-lo a enfrentar a Justiça, ela far-se-ia com o decurso do tempo ante o prolongamento artificial de uma vida que não viveria com propriedade.
E durante esse tempo assistiria, sem o poder impedir, à vida de um povo que, não desistindo, escolheu viver em liberdade.
Ficará na História como um monumento à brutalidade de que é capaz o Homem sobre os seus iguais.
Pelos piores motivos!
Sem saudades.
JL
08 dezembro 2006
Advogados, oferecem-se
«Por cada consulta são devidos honorários no valor de € 20,00, com IVA incluído, a pagar, antes do envio da resposta, por cheque, transferência bancária ou paypal». São advogados a oferecerem os seus serviços através da Internet. Uns entre tantos!
Com tantos e tão complicados problemas a afectarem as expectativas dos futuros licenciados em Direito, a ELSA Portugal fez incluir na Reunião Magna deste fim-de-semana a discussão em torno daquilo a que resolveram chamar "o problema do blog".
Não sabemos o que se passa em tão doutas cabeças.
Apenas esperamos que impere o bom senso.
Porque é dessa massa que se fazem os juristas.
JL
07 dezembro 2006
Sinceramente...
Árbitros contra lei "discriminatória" - no DN de hoje.
É incrível como pessoas que supostamente terão um nível intelectual e de formação acima da média conseguem assumir este posicionamento face à lei.
Pior só a adesão "à causa" daquele que se declarou pronto a "limpar" o futebol, o presidente da LPFP, Hermínio Loureiro. Tratando-se de alguém que já militou na política e até assumiu lugares na governação do país, tal "colagem" é por demais inadmissível!
"O nosso objectivo é procurar sensibilizar os grupos parlamentares para esta questão" - declara o dito presidente!
Mas qual questão? O cumprimento da lei não tem de ser questão alguma. É algo que deveria ser tão natural quanto as supostas insuspeições daqueles que se declaram discriminados.
Decência, precisa-se!
JL
06 dezembro 2006
Será que vale a pena?
Aconteceu o IV Cine ELSA - "Jogo de Poder".
A Prof. Alessandra Silveira fez a apresentação do filme por ela escolhido. No seu jeito sempre acutilante sem nunca se aproximar da penumbra da agressividade.
Os indefectíveis do costume estiveram lá.
Não por obrigação mas porque entenderam desde há muito que o sentido crítico e de análise do jurista não se forma nem enforma apenas nas aulas ou nos "cadernos".
Partir da realidade, percebê-la e interpretá-la para depois se descobrir onde está e como funciona o Direito é um exercício que se faz, fazendo.
Infelizmente, para muitos, irão aprender à sua custa e num momento em que não é permitido falhar - no exercício da profissão.
A Prof. Alessandra aceitou o desafio e nós apreciámos.
Porque continuámos a ver nos seus olhos o brilho de quem anda sempre à procura de descobrir "coisas" e queremos estar por perto para poder colher do seu sucesso.
Valeu a pena.
Obrigado, Prof. Alessandra.
JL
Subtilezas
Em Inglaterra, no fim de semana passado, Cristiano Ronaldo "arrancou" um penalti duvidoso. Tudo parece indicar que se tratou de um fingimento.
Alguém criticou a actuação do árbitro? Ninguém.
O único a ser criticado foi o próprio jogador.
Afinal de contas foi ele quem levou o árbitro a errar.
Subtilezas.
A solução será competir?
Competir é evoluir.
Um "canudo", uma secretária, um emprego para a vida. Foi assim durante muito tempo.
Cumprir calendário, às vezes horário,bastava para exigir regalias, direitos...
O Estado serenamente protegia bons e maus; era o sistema.
De repente a economia parou, o desemprego surgiu, as empresas sentiram necessidade de competir, renovar, qualificar e produzir.
O Estado começou a reformar o sistema, chegou a hora da verdade para exigir produtividade e reduzir custos.
O que virá a seguir?
CQ
Acerca da polémica da TLEBS
Desde o início do ano lectivo que se sucedem as discussões sobre a Nova Terminologia Linguística dos Ensinos Básico e Secundário (TLEBS). Todos os cidadãos, com ou sem conhecimento sobre o assunto, têm algo a dizer. Excluindo linguistas e alguns docentes, a opinião é sempre a mesma: para quê mudar a nomenclatura utilizada no estudo da Língua Portuguesa?
Quando falamos das Ciências Naturais, ninguém tem qualquer problema em reconhecer a necessidade de mudança face a novas descobertas capazes de alterar quadros teóricos mais do que enraizados. Mesmo recentemente, quando Plutão deixou de fazer parte dos planetas constituintes do Sistema Solar, não se verificaram quaisquer reacções relativamente à alteração que os Programas dos Ensinos Básico e Secundário poderão sofrer. Então, qual a razão de tamanha discussão à volta da TLEBS?
A Linguística também é uma ciência. Estuda a Língua e o uso que dela fazemos. E a Língua não é um objecto de estudo imutável, bem pelo contrário. A Língua muda todos os dias pelo uso que dela fazemos, pelas variações e desvios a que está sujeita. Só isso justifica que a Língua Portuguesa hoje, esteja cada vez mais distante do galaico-português de outrora. Todavia, o cidadão comum muito dificilmente se aperceberá das transformações que ocorrem na sua Língua Materna uma vez que estas são lentas e graduais.
Se o uso que fazemos de uma Língua hoje é distinto do uso que lhe era dado anteriormente, então os constituintes dessa Língua apresentam novas funções, pelo que a sua designação já não se coaduna com a que lhe era atribuída.
É necessário mudar! Difícil, mas necessário!A TLEBS apenas ajusta designações, não altera usos da Língua, essas alterações fazemo-la todos os dias quando comunicamos verbalmente.
Claro que a transição não será fácil mas é imprescindível. Os alunos aprenderão a TLEBS e quem dela faz uso todos os dias deverá actualizar-se (para isso servem as formações contínuas de Língua Portuguesa para o Ensino Básico e Secundário).
VV
05 dezembro 2006
Um olhar discreto...
A educação continua a ocupar a comunicação social. Com coisas mesmo interessantes:
"Substituição é regra nos Países desenvolvidos."
"...Uma aula sem Professor? Sem substituto? Mas isso é impensável!"
O espanto provém de um técnico do Ministério Della Istruzione Italiano.Depois a noticia diz-nos que países como Espanha, Itália e Irlanda já resolveram a questão que passa pelo acompanhamento dos alunos desde que chegam à escola até ao momento em que saem.
Tudo é planeado e o sistema funciona há anos!
Afinal o que falta para acompanharmos os nossos vizinhos?
Um olhar, um comparar ou simplesmente...
Vontade para mudar.
CQ
Camarate
Há alguns anos atrás li o livro de Ricardo Sá Fernandes sobre o acidente de Camarate. Como o próprio autor indicava no início, aquela obra tinha como objectivo cimeiro provar uma tese: o Cessna em que viajavam Sá Carneiro e Amaro da Costa explodiu em virtude de um engenho explosivo aí colocado. Mais, Sá Fernandes indica quem é o autor do atentado, oferece provas e esclarece as possíveis motivos do crime.
Devo dizer que o livro e a tese me convenceram por duas razões. A principal, obviamente, prende-se com os argumentos e evidências apresentados. As provas científicas e forenses que o autor dá conta ao longo do livro, sempre sustentado por pareceres de reputados especialistas em áreas que vão da Medicina Legal à Engenharia dos Materiais, portugueses e estrangeiros, mostram (pelo menos assim achei) que houve um atentado, e inclusivé há testemunhas que assistiram à deflagração do explosivo - o famoso "clarão". Em segundo lugar, menos importante, mas mesmo assim relevante o facto de Sá Fernandes não ter um interesse partidário no esclarecimento deste caso. Foi advogado das vítimas, é certo, mas não está conotado com o PSD ou com o PP, o que beneficia a credibilidade da obra e do autor.
O STJ parece ter decidido que este caso prescreveu. Legalmente a decisão pode ser da maior perfeição técnico jurídica, mas ainda assim não impedirá que Camarate se transforme numa espécie de fantasma, de assunto mal resolvido connosco próprios que de quando em vez nos assombra e relembra das nossas tibiezas.
Mas é preciso ter em conta que duas coisas erradas não fazem uma certa. Levar Camarate a julgamento a todo o custo pode ter consequências muito graves. É fundamental esclarecer, julgar e punir os culpados de Camarate; mas mais importante, sobretudo tendo em conta o tempo que passou, é a forma como esse (putativo) caminho é feito. A separação de poderes, o princípio do caso julgado, a prescrição, a segurança jurídica, podem , agora, surgir como cruéis, sobretudo para os familiares das vítimas. Mas, talvez, seja esse o preço a pagar por tantos anos de falta de vontade, ineficiência e incapacidade.
NAP
04 dezembro 2006
Old habits die hard
A propósito da morte de Alexander Litvinenko, ex-KGB, por envenenamento em Londres, convém lembrar esta nota histórica:
"Béria [membro da polícia secreta, chefe do NKVD, membro do Politburo encarregado da bomba nuclear], que se oferecera para usar o seu machado às ordens do Vozhd [Estaline], estava já consciente do desapontamento de Estaline em relação a Sergo [membro do Politburo]. [Béria] Havia de revelar-se um entendido em matéria de venenos. Na realidade, o NKVD [que veio a tornar-se o KGB] tinha já nessa altura [anos 30] um departamento de envenenadores médicos chefiado pelo Dr. Grigori Mairinovski. (...) Mas o próprio Estaline pensava muitas vezes em venenos; reflectindo sobre as venenosas intrigas da corte persa do século XVIII, que estava a estudar, escrevera no seu bloco de notas, durante uma reunião do Politburo: "Veneno, veneno, Nadir Khan".
in Montefiore, Simon Sebag, Estaline A Corte do Czar vermelho, Alêtheia, págs. 152-153.
Hábitos antigos.
03 dezembro 2006
Que Justiça?!
Família de rapaz morto por cilindro esperou 11 anos por indemnização. - no Jornal de Notícias.
Chamem-lhe o que quiserem.
Isto não é Justiça!
É a vergonha da Justiça!
Não me interessa saber quem são os culpados.
Importa retirar os "buracos negros" que asfixiam o sistema e paralisam todo um país, impedindo o seu desenvolvimento.
JL
Democracia Participativa
O referendo, acto previsto na Lei n.º 15-A/98, de 03.04, protegido constitucionalmente, surge como forma de atribuição aos eleitores de legitimidade para decidirem sobre um determinado tema de relevante interesse;
Artigo 2.º
Artigo 2.º
Objecto do referendo
O referendo só pode ter por objecto questões de relevante interesse nacional que devam ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção internacional ou de acto legislativo.
Aqui, há uma inversão do ónus da legitimidade, na medida em que, a democracia representativa, (Assembleia da República através dos deputados), passa para a democracia participativa através do voto directo de todos os eleitores. Percebe-se assim, a importância deste mecanismo e a responsabilidade que está inerente a todos os eleitores nesta questão. Há 8 anos, no primeiro referendo sobre o aborto, os resultados foram os seguintes;
O referendo só pode ter por objecto questões de relevante interesse nacional que devam ser decididas pela Assembleia da República ou pelo Governo através da aprovação de convenção internacional ou de acto legislativo.
Aqui, há uma inversão do ónus da legitimidade, na medida em que, a democracia representativa, (Assembleia da República através dos deputados), passa para a democracia participativa através do voto directo de todos os eleitores. Percebe-se assim, a importância deste mecanismo e a responsabilidade que está inerente a todos os eleitores nesta questão. Há 8 anos, no primeiro referendo sobre o aborto, os resultados foram os seguintes;
"Com uma participação de 31% dos eleitores e um resultado de 51% de votos contra a despenalização, o aborto continuou a ser crime por vontade expressa de 16% do total dos eleitores"(in “Militante”).
Com uma abstenção de 69% o referendo como expressão da liberdade de pensamento, de escolha e de responsabilidade social foi um logro. Apenas 16% dos eleitores (refira-se que não corresponde a 16% da população) legitimaram um Não rotundo. No entanto, houve uma ligeira evolução, já que, 5 meses depois, em Novembro de 1998, no referendo sobre a regionalização os resultados foram os seguintes;
VOTANTES......48,30% ABSTENÇÃO...51,70%
O referendo à despenalização do aborto está marcado para dia 11 de Fevereiro de 2007.Não me debruçarei aqui sobre qualquer argumento de campanha, quer pelo lado do “Sim”, quer pelo lado do “Não”. Importante antes de qualquer argumentação, é a consciencialização do dever cívico, da responsabilidade. Sei e nisso concordo absolutamente com o NAP no seu post “Sem demagogia, por favor”, que as campanhas se pautam sobretudo pelo “espectáculo demagógico” e “discurso beatinho e hipócrita”.
Este fenómeno é um factor de descrédito e desapontamento para os eleitores, contudo, não é desculpa, o esclarecimento não é um trabalho que compete só a terceiros, essa responsabilidade é sobretudo pessoal. Usualmente critica-se o governo, depois os deputados e oposição, todos eles eleitos por nós, para decidirem por nós. Agora é mais uma vez hora da verdade, e quero ver depois os portugueses que não forem votar a criticarem-se, como se de um qualquer governante se tratassem, pois que investidos desse poder de decidir, preferiram ler o jornal, ou falar ao telemóvel, ou simplesmente ficar em casa, como um qualquer governante irresponsável. Vou com sorriso irónico assistir às críticas dos que não foram votar e alegremente vão continuar a criticar a democracia representativa.
Com uma abstenção de 69% o referendo como expressão da liberdade de pensamento, de escolha e de responsabilidade social foi um logro. Apenas 16% dos eleitores (refira-se que não corresponde a 16% da população) legitimaram um Não rotundo. No entanto, houve uma ligeira evolução, já que, 5 meses depois, em Novembro de 1998, no referendo sobre a regionalização os resultados foram os seguintes;
VOTANTES......48,30% ABSTENÇÃO...51,70%
O referendo à despenalização do aborto está marcado para dia 11 de Fevereiro de 2007.Não me debruçarei aqui sobre qualquer argumento de campanha, quer pelo lado do “Sim”, quer pelo lado do “Não”. Importante antes de qualquer argumentação, é a consciencialização do dever cívico, da responsabilidade. Sei e nisso concordo absolutamente com o NAP no seu post “Sem demagogia, por favor”, que as campanhas se pautam sobretudo pelo “espectáculo demagógico” e “discurso beatinho e hipócrita”.
Este fenómeno é um factor de descrédito e desapontamento para os eleitores, contudo, não é desculpa, o esclarecimento não é um trabalho que compete só a terceiros, essa responsabilidade é sobretudo pessoal. Usualmente critica-se o governo, depois os deputados e oposição, todos eles eleitos por nós, para decidirem por nós. Agora é mais uma vez hora da verdade, e quero ver depois os portugueses que não forem votar a criticarem-se, como se de um qualquer governante se tratassem, pois que investidos desse poder de decidir, preferiram ler o jornal, ou falar ao telemóvel, ou simplesmente ficar em casa, como um qualquer governante irresponsável. Vou com sorriso irónico assistir às críticas dos que não foram votar e alegremente vão continuar a criticar a democracia representativa.
PSB
02 dezembro 2006
Notícia extraordinária...
...a de ontem, no Público (link não disponível), segundo a qual não é o Homem o maior responsável pela emissão de gases poluentes para a atmosfera, mas sim os animais do sector pecuário, que libertam (imagine-se!!) 18% do total de gases com efeito estufa!
É caso para dizer: "Ponha uma rolhinha na sua vaquinha"
PIZUNI
Sem demagogia, por favor
Vale a pena ler hoje no Público o artigo de Helena Matos sobre o referendo ao aborto. Defensora da despenalização mas contra o tenebroso espectáculo demagógico que a campanha pode oferecer.
Assino por baixo.
É tão prejudicial a uma discussão séria como esta o discurso beatinho e hipócrita de certos (repito: certos) defensores do não, capazes de mostrar imagens de fetos após terem sido aspirados, fruto de um aborto; como o de alguns (repito: alguns) defensores do sim, que se estribam no argumento de que o corpo é das mulheres e ali mandam elas (a la bloco).
NAP
01 dezembro 2006
1º de Dezembro - Restauração
Já muito poucos saberão responder, com rigor, a razão de ser do feriado.
Restaurar significa renovar, consertar.
No sentido de que o direito prevaleça sobre o desvio, o justo sobre o injusto.
Observamos, lemos e ouvimos o que se passa à nossa volta e somos levados a concluir que o caminho que nos fazem trilhar nos conduz ao abismo, a um beco sem saída.
Em casa, no trabalho, na universidade, os sinais não são animadores.
As pessoas deixaram de acreditar!
Alguma coisa terá de mudar!
Por onde começar?
Não sei.
Será que este estado de coisas aproveita a alguém?
JL