11 dezembro 2006

Um olhar diferente...

Esta semana, o editorial da "Revista Sábado" surpreendeu-me ao atribuir ao Sr. Kofi Annam a seguinte frase:

"(...) Gostava mais do Iraque de Saddam Hussein do que do país hoje em dia. Na altura, eles tinham um ditador brutal mas tinham segurança nas ruas, podiam ir à escola e voltar sem que a mãe ou o pai se preocupassem..."

Porque se trata do ainda Secretário-Geral da ONU, esta declaração merece reflexão. Terá ele esquecido o outro Iraque, o do terror, sem direitos humanos, com violação de mulheres, com desaparecimento de milhares de cidadãos, etc, etc...
Enfim, possivelmente, é apenas uma opinião política!

CQ

1 Comments:

At 12 dezembro, 2006 16:07, Anonymous Anónimo said...

Para muitas pessoas a liberdade consiste pura e simplesmente na possibilidade de fazer uma cruzinha num boletim de voto e poder falar tanto de futebol como de política sem que ninguém os incomode...
a liberdade é muito mais do que isso!Koffi sabe-o bem e por essa razão logrou dizer aquilo que muitos pensam mas apenas dizem em surdina.
este nobel da paz (verdadeiramente merecido e não o de henri kissinger, por exemplo)foi sem sombra de dúvidas o melhor secretário geral da história da ONU.Bradou bem alto quando teve de faze-lo e assumiu as suas posições até ao fim, ao contrário de alguns aventureiros que estavam sedentos de partir para o Iraque e que agora se escondem nos esgotos de onde vieram, continuando a viver as suas vidinhas de luxúria como se nada lhes dissesse respeito (rumsfeld,vasco rato...)
o nível de violência e de violação dos direitos humanos é muito maior agora do que na era de Sadam.será que dizer isto é estar ao lado do regime?para aqueles que seguem a velha máxima "se não estás comigo estás contra mim" talvez sim.mas para aqueles que não vislumbram o mundo a preto e branco a realidade está lá:fome,tortura,morte,medo,guerra,sofrimento, falta de esperança...diferanças do tempo de sadam? tudo está muito pior e continua a não haver liberdade.sim,porque apesar do povo ter escolhido o seu governo não concebo que alguém possa afirmar que aquilo é liberdade ou um sitema democrático.
invadiu-se uma nação soberana e destrui-se um modo de vida em nome de uma mentira.
o regime de sadam iria acabar por cair,como todos caem, porém , tal facto competiria ao povo iraquiano porque apenas este seria soberano para escolher o seu futuro.
Agora, aqueles que se sentem insultados por aquilo que Kofi afirmou, podem dar-se por satisfeitos porque terão mais um lacaio do império na cadeira de "vassalo-general" da ONU.
Apesar de ter lutado contra algo que era maior do que ele, Kofi merecerá sempre o respeito daqueles que acreditam que a justiça e a liberdade são valores pelos quais vale a pena viver.
Só lamento que o autor deste post não tenha tecido qualquer comentário ao relatório levado a cabo pela comissão independente relativamente à questão iraquiana e se tenha apressado a demonstrar a sua indignação perante um facto insofismável.

 

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