Casino da ELSA
««««««»»»»»» Blog da Associação Europeia de Estudantes de Direito - Universidade do Minho ««««««»»»»»» Objectivos: 1. Comunicação institucional da ELSA UMinho - "posted by Casino da ELSA"; 2. Espaço aberto de discussão onde os autores assinam os textos não vinculando a ELSA, uma associação de perfil não político.
31 julho 2005
26 julho 2005
Uma questão de tempo...
Aqui o vosso escriba não é dado a escutar conversas alheias, mas algumas são feitas tão alto e tão perto que não posso deixar de ouvir:
Ela: Acho que a … acabou com o …
Outra: A sério?
Ela: Tenho quase a certeza… ele deu-lhe um beijo na cara…
Outra: E foi ela que acabou?
Ela: Não sei… mas deve ter sido, com aquele feitio e aquela mania só pode ter sido ela. Ah, nunca tinhas notado que havia um clima estranho entre ela e o …
Outra: O… (espanto). Mas o… namorava com a … ou já acabaram?
Ela: Acho que não. Uuii, isto vai dar confusão. A… é lixada, se descobre que o… anda a … com a …
Outra: Ih, ih (risinho perverso) Mas (cara de desapontamento) o… não deve saber de nada, afinal cumprimentou a… de beijo…
Ela: Mas sabes que nestas coisas é sempre uma questão de tempo. O… vai acabar por saber… (sorriso malicioso)
…
NAP
25 julho 2005
Interessante
NAP
Quase no fim...
A época de exames está quase a acabar.
Muitas contas haverá para fazer.
Se o esforço foi compensado; se o trabalho foi reconhecido; se os objectivos foram atingidos; se... se... se...
Afinal somos estudantes e é esta a nossa obrigação. Exigimo-nos e exigem-nos!
Tempo de balanço para:
- apreciar o "novo" plano de exames
- analisar as incidências da avaliação
- perceber se alguém ganhou com a mudança.
Juntos!!!
JL
24 julho 2005
23 julho 2005
Nobelizados
Já que se fala do Nobel e da sua atribuição lembro-me sempre da (grandiosa) injustiça que foi a não atribuição do prémio a Jorge Luís Borges, mas como ele próprio dizia: “Não me atribuírem o prémio Nobel converteu-se numa tradição escandinava; desde que nasci, no dia 24 de Agosto de 1899, que não mo dão”.
NAP
Da esperança...
Olívia Santos
Lobotomias...
Um grupo de norte – americanos, familiares de doentes lobotomizados, vieram a público pressionar a Academia sueca, responsável pela atribuição do Prémio Nobel, para que, num volte face histórico retire o galardão a Egas Moniz.
Recorde-se que Egas Moniz ganhou o Prémio Nobel da Fisiologia (ou Medicina) em 1949 (juntamente com Walter Hesse), pela realização em 1935 da leucotomia: “Moniz constatou que, ao seccionar algumas conexões na substância branca dos lobos frontais dos hemisférios do cérebro, poderia tratar certas doenças mentais”. Mas a lobotomia pré- frontal, usada para o tratamento de psicoses não foi a sua única descoberta, é igualmente do seu labor a descoberta da angiografia cerebral em 1927.
É uma absoluta idiotia esta “pressão”; assim sendo, e se a moda pega, porque não retirar o Prémio Nobel da Física atribuído a Einstein? Afinal de contas foram os seus trabalhos que permitiram a construção de uma bomba atómica, responsável por centenas de milhares de mortos no Japão e pelo clima de terror durante o período da Guerra-fria!
NAP
22 julho 2005
DESNORTE
Já sei que uma análise de conjuntura se faz com estados de coisas e não com estados de espírito. Mas, que raio, isto começa cada vez mais a angustiar-me e a revoltar-me! Então é-nos pedido para:
- pagarmos o IVA a 21%;
- pagar IRS (nos escalão mais elevado) a 42%;
- pagar os combustíveis mais caros;
- apertarmos o cinto e sermos compreensíveis, pois é preciso por as contas públicas em ordem…
e fazem esta asneirada que é prosseguir com os planos de construção da OTA e o TGV, que basicamente não serve para nada.
Campos e Cunha demitiu-se, e as razões pessoais que invocou mais não são do que a vergonha e pudor em compactuar com estes gastos estapafúrdios. Campos e Cunha saiu em confronto com medidas que deitavam, e deitam, por terra todo o seu trabalho.
Campos e Cunha saiu. Se eu estivesse no lugar dele fazia o mesmo.
NAP
15 julho 2005
Triste vida esta...
Como se não bastasse, agora é estupidamente fácil ser-se suspeito. Para tal basta tirar a Carta de Condução e...viajar. Alguém que se decida a iniciar uma simples viagem de Braga até à costa litoral adquire imediatamente o estatuto de suspeito. Isto porque, mesmo sendo um exímio condutor, sem nunca ter posto sequer um cão em perigo, sem nunca ter provocado um acidente, sem nunca ter desafiado o asfalto, sem nunca ter conduzido sem ter a exacta consciência do que é ter o controlo de um veículo motor, resumindo, sem ter qualquer tipo de indício que leve a autoridade, depois de realizado um simples silogismo mental, a agir, pode este condutor perfeito ser alvo daquele infame Acto Administrativo mais conhecido por Operação STOP e todos os que daí poderão decorrer.
O problema poderia ficar por aqui se o Legislador português não fosse MEDRICAS.
Todos os dias as televisões enchem a cabeça das pessoas com números de mortos e feridos nas estradas, como se de uma "Guerra" se tratasse. O Legislador age, enganado, com as políticas de prevenção geral e individual, fazendo punir duramente todos os que, sendo apanhados nesta malha, sejam potenciais criadores de acidentes por, atente-se e pense-se, circularem a mais 10 Khm/h do que o permitido, por falarem ao telemóvel enquanto conduzem ou, recentemente, por terem dado umas passas num charro. Permitam-me ser a carta fora deste baralho.
Este baralho está viciado. Senão veja-se:
Os números de acidentes não diminuem porém o valor das coimas aumenta. Inventam-se novas coimas e o número da acidentes continua igual. Alguém estará a fazer batota?
Penso que sim. Aqueles que redigiram esta lei a que me refiro são os mesmos que, mesmo ganhando mal para a função de deputado, possuem aquele motorista que os retira desta condição de suspeito ou, mesmo que o não tenham, possuem aquele fantástico cartão de deputado que, quando apresentado a um agente da autoridade logo faz prova da sua inocência. E são estes que optam por atribuír a toda a gente a condição de suspeito em vez de punirem severamente aqueles que já tenham efectivamente posto a vida de alguém em perigo por terem culpa em acidentes ou por realmente não terem a noção do que é conduzir sem ser em pista mas em estrada ou até mesmo por, voluntariemente, terem iniciado uma ultrapassagem em cima de uma curva, porque punir drásticamente estes últimos é que seria a concretização correcta das políticas de prevenção geral e individual.
Agora digam-me, onde está a concretização dos princípios de prevençao geral e individual bem como de reinserção, que orientam o direito penal quando pessoas que sempre conduziram com toda a segurança pagam todos os dias coimas por entenderem que circular a mais 20 Khm/H do que o permitido não é um perigo (e não é efectivamente) ou aquelas que, mesmo sob o efeito da mais forte das substâncias psicotrópicas têm toda a noção de segurança rodoviária, enquanto muitas outras que no seu estado normal são um verdadeiro perigo nas estradas passam incólumes e em posição de igualdade com todas as outras. Hoje sinto o que é estar mais à frente que a sociedade. É triste!
Verdadeira prevenção é retirar das estradas todos aqueles que tenham atentado contra o bom senso nas estradas. E...mau senso não é ir a 70 Khm/h na rodovia bracarense ou a 140 Khm/H na auto-estrada...Mau senso é ultrapassar quando é impossível, colar-se à traseira de outro carro em plena auto-estrada, acelarar na passadeira para passar antes do peão, picar-se com outros carros, etc...
Em vez disso o nosso medricas Legislador assusta-se com a obra dramáticamente artística que vê na TVI e dá poderes a homens, que em muitos casos nem a 4ª classe têm, para mandar parar quem bem lhes apetecer e descobrir alguma infracção punível (o que é simples) enquanto na mesma estrada anda um tolinho a pôr em perigo a vida dos outros e, por mero acaso passa despercebido até ter ultrapassado outro numa curva matando os tripulantes do carro que vinha em direcção contrária e cujo condutor até podia ter fumado um charro mas vinha ciente da calma e responsabilidade que deve ter para iniciar a marcha e chegaria calmamente ao seu destino se não fosse o outro verdadeiro perigo que por acaso não bebe nem fuma porém é psicologicamente um potencial assassino.
Não me sinto realizado num país assim. Resta-me lembrar que na nossa querida UE países existem em que é possível andar a 300 Khm/H sem cometer qualquer infracção rodoviária. Nesse é aliás proíbido ir na faixa da esquerda da auto-estrada a 120 Khm/H...porque também potencia o perigo...e não se cobram portagens.
Concluo apenas que o perigo é muito relativo e também a mente das pessoas e não é por fumar um charro que o condutor irá por em perigo alguém mas sim por ter determinadas características psicológicas, sociais e educacionais. Voltarei a este assunto pois revolta-me profundamente. Quiça contarei aqui algumas peripécias desta vida rodoviária, na 1ª pessoa.
07 julho 2005
LONDRES 07/07
Em face do horror todas as palavras, mesmo as mais pesarosas, conseguem sempre soar como obscenas. Fico-me pelo silêncio e por uma pergunta:
“Onde vai ser o próximo atentado?”
NAP
OS SOBAS
Ponho-me a olhar para figuras como: Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Ferreira Torres, Alberto João Jardim e não consigo entender que não haja vontade por parte dos eleitores locais de tirar a limpo as acusações, suspeitas, indícios que sobre eles recaem. Pelo contrário, se vem a lume notícia de que a polícia os investiga, ou que contra eles vai ser proposta acção judicial, a populaça une-se para apoiar o edil e corroborar a ideia, expelida pelo próprio, de que tudo não passa de uma armadilha, querem é “lixar” o homem, porque ele (ou ela) “não tem papas na língua”.
Mas o mais curioso é que as pessoas têm efectiva consciência de que se cometem ilegalidades, que há toda uma teia de favorecimentos e de relações mais ou menos dúbias que paira sobre as actuações dos executivos camarários. Mas mesmo assim, com dizeres quase paternais desculpam o cacique, porque afinal “se não fosse ele, seria outro, e (Deus me livre) se calhar ainda pior”. Esta atitude paternalista, de deixar andar, porque afinal nada de muito grave se cometeu (dá ideia de que para os portugueses apenas o que mete sangue e morte é grave), é simplesmente doentia e mostra bem como a atmosfera do poder locar está bafienta. De facto, os dinheiros são públicos e as pessoas não sentem directamente que cada desvio do erário público é um assalto ao bolso dos contribuintes, é um imposto futuro, para alimentar a gigante, ineficiente e inimputável máquina administrativa nacional e local.
Acresce que, e sobretudo nos municípios mais pobres e mais pequenos (como no Alentejo em que certas câmaras são a principal entidade empregadora!), há uma excessiva dependência privada em relação aos municípios, nomeadamente através de vínculos laborais (directa ou indirectamente), de favorecimentos, e bem assim, um certo receio (às vezes temor) de sofrer represálias futuras, designadamente mediante a não concessão de licenças ou autorizações, ou em alguns casos retaliações que põem em risco bens e valores muito mais importantes…
A inexistência de “massa crítica” (de elites), independentes, desinteressadas, capazes de denunciarem abertamente os atentados e atropelos que os municípios realizam, bem como o desconhecimento e/ou renitência em utilizar os meios juridicamente previstos para tutelar os direitos e interesses privados face à administração – o que leva a que muitas vezes se encare uma decisão administrativa como uma inevitabilidade, emanada de um qualquer demiurgo boçal, a despeito desse mesmo acto exalar um pútrido fedor a injustiça e ilegalidade – contribuem para que alguns sobas continuem a reinar em Portugal, dando mau nome e fama àqueles que ainda se regem pelo princípio da legalidade e não têm perspectivas de se perpetuarem em cargos públicos.
05 julho 2005
Adamastor (versão xenófoba)
Depois de abastardar os jornalistas do continente (e da Madeira) a verve escatológica do Adamastor insular arranjou novo alvo: chineses e indianos. Isto, para mim, parece ser uma proposta clara na internacionalização; sim, porque não basta pedir que as nossas empresas cumpram os objectivos de penetração em mercados externos, é preciso dar o exemplo. Jardim deu-o.
Assino por baixo o que escreve hoje no Público José Manuel Fernandes:
“Valerá a pena comentar os dislates de Alberto João Jardim? Não será isso ir ao encontro do que pretende o soba do Funchal, isto é, propaganda? Depois de tudo o que ao longo dos anos bolsou, sóbrio ou etilizado, mascarado ou engravatado, Jardim nem surpreende. Nem se calhar chega a chocar, pois o hábito enjoa e o homenzinho tornou-se tão insignificante e exótico que já só pelo superlativo da provocação chama a atenção”. (...)
NAP
02 julho 2005
Prognósticos
Vivemos dias de Prognóstico. Como efeito secundário, ou terciário, da droga da crise, lançamo-nos num debate profundo. Já não há "talk-show", entrevista, ou confronto directo que escape a este efeito.
Todos, naturalmente, quando questionados, defendemos projectos que pensamos os melhores. Existe uma grande divergência de opiniões.
Permitam-me aqui acrescentar um degrau naquela célebre premissa popular:
"Prognósticos, só no fim do jogo".
Numa primeira análise esta ideia gera chacota, no mínimo. Porém, quando adicionada a ideia de que o jogo é que interessa, na exacta medida da capacidade de evoluir, produzir riqueza, e gerar equilíbrios sociais, percebe-se que tão parôla personagem pode muito bem ter patenteado uma nova máxima ao nível do "Penso, logo existo" Cartesiano.
É esta nova máxima que pretendo que a sociedade portuguesa adquira.
Necessário é jogar o jogo a nível internacional e pensar para dentro pois assim, criaremos aquilo que no futuro será procurado.
Exportar.
BSA