28 fevereiro 2005

E.U.A, para quando Marte?


Estamos em pleno século XXI, o mundo tornou-se globalizado e atento às diversas atrocidades cometidas por determinados regimes. Em 191 países que fazem parte da Organização das Nações Unidas, 60 ainda permitem nas suas constituições a pena de morte. Não, que tal facto seja impeditivo da existência de uma democracia, temos o exemplo dos E.U.A, mas quando destes, 47 são regimes ditatoriais, a aplicação indiscriminada desta pena é preocupante. Desde a invasão ao Afeganistão em 2002 e do Iraque em 2004, valha-nos os E.U.A., conquanto consigam manter este ritmo, em prol, como costumam propalar, da democratização e da liberdade individual. Pergunto-me é que outro maniqueísmo irá encontrar para o escoamento do seu famigerado arsenal depois desta senda que não durará para sempre, (Síria, Irão, Coreia do Norte, …). Ou será que nessa altura já poderemos democratizar Marte, ou encontrar lá armas de destruição maciça?
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PSB

!!!Calunias!!!

Têm me acusado entre outras coisas de ser um “Laranja”!

Resolvi, consultar uma enciclopédia luso-brasileira para tentar perceber tais acusações. E descobri apenas isto...

Laranja, s. f. o frutos da laranjeira...



Laranjeira, s. f. Nome vulgar de uma árvore da família das rutáceos, cujo fruto é a laranja. Nome vulgar da Citrus senesis da família das rutaceas, subfamília das aurancióideas, tribo das aurancieas, subtribo das citrinas, caracterizada por porte arbóreo; folhas com pecíolo levemente alado, fruto globoso ou subgloboso, as vezes com um segundo verticulo de carpelos menores, saliente no cimo (laranja-de-umbigo, ou da Baía), de ordinário cor de laranja ou dourado, com polpa amarela ou alaranjada, doce. É originaria da China, recebendo por isso também a designação de laranjeira-da-china; foi divulgada pelos portugueses. É muito cultivada em Portugal, onde são conhecidas diversas variedades culturais: camoesa, de espinho, comprida, abóbora, cabaça, imperial, sanguínea, coroa-de-rei, magnifica, de Setubal...

SLOT MACHINE

UM LOBO EM JERUSALÉM




Devo confessar que nutro uma especial admiração pelo escritor António Lobo Antunes. A sua escrita, dura, crua, torrencial e cuja leitura é sempre um desafio atrai-me como poucas. Quanto ao cidadão Lobo Antunes é conhecido de todos o seu mau feitio (que dizem esconder uma grande timidez), a sua relutância em dar entrevistas, a dificuldade em lhe arrancar palavras e a forma como embaraça os jornalistas ou entrevistadores com respostas ou comportamentos inesperados. No entanto, parece-me que o Lobo Antunes dos últimos anos mostra-se mais acessível, mesmo mais humilde como o próprio confessou recentemente ao Jornal de Notícias a propósito da comemoração dos seus 25 anos de publicação.

O escritor português encontra-se actualmente em Jerusalém para receber o prestigiado prémio “Jerusalém”, sendo curioso que embora o único livro publicado naquelas bandas em Hebraico seja “O auto dos danados”, as publicações em inglês das suas outras obras são muito frequentes em Israel.

De visita à Cidade Santa era quase impossível deixar de questionar Lobo Antunes a respeito do conflito Israelo Palestiniano. O escritor fez uma comparação entre este conflito e o que se passa em África, isto é, trata-se de uma luta em que todos querem a sua terra e em que todos parecem ter uma parte da razão. Mas aquilo que mais me chamou a atenção foi, sem dúvida, a resposta do escritor quando questionado sobre a possível resolução deste conflito, o autor respondeu que talvez a solução esteja nas mulheres e mais particularmente nas mães, só quando estas se fartarem de ver os seus filhos morrerem terminará o conflito. Quanto aos homens, disse, esses gostam de matar e provar sempre que têm uma arma maior que o adversário…

Talvez, talvez…

NAP


REI MORTO, REI POSTO

O resultado das eleições ditou uma pesada derrota para a Direita portuguesa. Uma derrota deste calibre tem repercussões óbvias, sendo que a principal delas será a continuidade, ou não, dos líderes partidários que conduziram os respectivos partidos neste período eleitoral.

No que ao PP diz respeito, Paulo Portas retirou, na própria noite de eleições e após conhecer os resultados, as ilações devidas e, embora descontando o exagerado dramatismo da situação, Portas retirou-se de cena dignamente desfiando perante as câmaras os objectivos a que se tinha proposto e que falhou por completo. Confesso que pensava que logo após a demissão do líder dos democratas cristãos se mostrassem disponíveis outros nomes para a disputa de liderança, ou não fosse o PP, como os seus dirigentes tanto gostam de afirmar, um partido de quadros. Cogitava eu que entre nomes como: Pires de Lima, Telmo Correia, Lobo Xavier ou Ribeiro e Castro alguém se haveria de chegar à frente e apresentar como candidato à liderança. Mas não. Ninguém se mostra disponível para tal, embora todos se ofereçam como colaboradores do Partido. O PP parece viver um período de nojo, como fez notar Pires de Lima, durante o qual a única certeza é a de que vários dos nomes anteriormente referidos se mostram favoráveis ao regresso de … Portas. Ora, se tal se passar, isto é, se Portas se suceder a si próprio na liderança, após declaração de não continuidade perante um conjunto de fiéis seguidores de lágrima ao canto do olho, terá atirado à lama a sua saída digna e a pouca credibilidade que ainda goza perante os portugueses.

Mas com Santana tudo é diferente. O, ainda, líder do PSD mesmo face a uma estrondosa derrota nas urnas, a uma forte oposição interna, e ao exemplo de Paulo Portas preferiu não se demitir na noite de eleições. Permitiu que por mais uma noite se especulasse, se comentasse, se conjecturasse um congresso do PSD em que Pedro Santana Lopes estaria novamente a disputar a liderança, para logo no dia a seguir vir assegurar que não se candidataria a líder. O Partido suspirou de alívio.

Duas figuras se mostram agora como candidatas certas. Luís Marques Mendes e Luís Filipe Menezes. O primeiro destes candidatos parece ser o melhor posicionado para vencer o próximo congresso; a experiência política de Marques Mendes é vasta, tendo passado pelo executivo por várias vezes e ocupado inclusive o lugar de líder parlamentar. E, nunca se identificando com Barroso, com Santana nem com Marcelo, foi passando pelo consulado destes líderes com assinalável coerência, como demonstra o último congresso dos sociais democratas em que foi dos poucos, senão mesmo o único a afrontar o líder. Luís Filipe Menezes, embora já tenha passado pelo executivo, o grosso da sua experiência política é sobretudo ao nível local na autarquia de Gaia, ficando-nos sempre no ouvido, ainda assim, o congresso em que se procurava o sucessor de Cavaco e o autarca se insurgiu contra uma liderança “sulista, elitista e liberal”.

O mais certo é que Marques Mendes ganhe, isto se se mantiver o modo de eleição de dirigentes que vigora no PSD. Exemplo de eleição verdadeiramente democrático deu o PS nas suas últimas eleições internas, dando a palavra aos militantes de base e não aos “barões”, que Pacheco Pereira candidamente afiançou não existir no PSD. Embora a candidatura de Menezes pareça ser a menos favorecida para a vitória importa frisar dois pontos: em primeiro lugar a discussão interna fortalecerá o partido (embora não acredito que se renove, para tal seria preciso que avançasse um candidato completamente inesperado), em segundo lugar ambos os candidatos desejam, caso ganhem, recolocar o PSD no seu lugar originário no espectro político, ou seja, ao centro (direita) e não apenas à direita como tem sido nos últimos anos.

Le roi est mort, vive le roi.

NAP

CAHORA BASSA E O DÉFICE


A construção da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) em Moçambique (1974) permitiu o aproveitamento das águas do rio Zambeze, interrompendo as habituais cheias e beneficiando, estima-se, mais de um milhão de camponeses. No entanto estes mais de trinta anos de funcionamento da HCB têm tido resultados desastrosos, em especial a jusante da barragem, a diminuição drástica do fluxo fluvial constituiu um gravíssimo impacte ambiental, modificando os hábitos da população, provocando a perda de mais de 25 por cento dos habitats naturais do delta, causando uma queda drástica na ordem dos 95 por cento da fauna. Por outro lado, estima-se que a pesca industrial do camarão num distrito da Zambézia, junto ao delta, se reduziu drasticamente, dadas as dificuldades de regeneração da sua população em função da alteração ecológica causada. Tudo isto num país em que 90 por cento da população moçambicana ainda não tem acesso à sua própria energia.



A venda da posição de Portugal na HCB, diz-se, é vista como uma das medidas para manter o défice público abaixo dos 3 por cento. De facto, visto que se trata de uma venda que terá de ser feita mais tarde ou mais cedo pelo governo português, dada a irreversibilidade das negociações referentes à HCB, este negócio não pode ser equacionado como uma medida extraordinária. O problema está, porém, no preço da posição portuguesa, enquanto que o executivo anterior (e em especial Bagão Félix que já tinha abordado o assunto) falava num valor na ordem dos 1800 milhões de euros, o governo moçambicano nega-se a oferecer mais do que 700 milhões de euros.

Caberá ao executivo de Sócrates resolver este problema, sendo certo que não se trata de uma mera operação económica e financeira; importa esclarecer o papel de Portugal nestas últimas décadas de gestão do complexo hidroeléctrico e acima de tudo não transformar esta questão numa oportunidade fácil de obter dinheiro à custa de um país já de si grandemente debilitado.

NAP



27 fevereiro 2005

Heresias

O estado de saúde do Papa é preocupante. A longa luta contra uma doença tão degenerativa quanto a Parkinson é agora agravada por problemas respiratórios que resultaram na necessidade de uma traqueotomia, que sendo uma técnica cirúrgica usual é na pessoa do Papa um mal suficientemente alarmante.
As televisões, preocupadas com as divina(i)s audiências dos fiéis, abrem os telejornais com esta notícia... Mesmo sem grandes novidades a acrescentar já que o boletim médico do Santo Padre é reservado e apenas será divulgado na próxima semana. É legítimo.
Porém isto despoleta ideias hereges em mentes criativas. Vejamos:

O Papa tem-se revelado dono de uma resistência enorme contra as sucessivas patologias que lhe foram já diagnosticadas. A sua equipa médica, ao serviço do Vaticano, é certamente composta por algumas das mentes mais experientes, bem como dos profissionais mais competentes na área da medicina.
A sua vida poderá ser então prolongada desumanamente já que é certa a sua recusa em renunciar ao cargo. Leva a peito, ele ou quem decide, o ensinamento mais ortodoxo da Igreja Católica.

A minha fé impede que me preocupe mais com a sua saúde do que com a de qualquer outro ser humano.
A minha fé permite que veja na Igreja Católica uma instituição que caminha para um paradoxo dogmático, isto é, em última análise, um insuportável desfasamento em relação à realidade social e humana.
A minha fé permite que o meu espírito questione o porquê do insistente desincentivo ao uso do preservativo ou a recusa dogmática da eutanásia sem que haja um esforço por fazer uma leitura mais avançada e nua de preconceitos dos dramas que o mundo infelizmente alberga.
A minha fé não é cega.

Estreou recentemente um filme espanhol, Mar Adentro, que trouxe de novo a problemática da morte assistida à discussão popular. Discutem-se os problemas de ordem ética médica e moral religiosa que tal possibilidade levanta.

Não é minha intenção nesta posta descodificar os limites e natureza de o que seria a eutanásia legal. É apenas, como referi, a de, fazer chocar situações tão extremas quanto estas relatadas, num cenário trágico para o catolicismo.

Como se de um filme se tratasse...talvez uma obra dramática, uma ópera, se deitasse um actor representando o Santo Padre no leito adoecido, rezando a Deus que lhe levasse a alma, ao ponto de sem se conseguir conter pedir agoniado a morte àqueles que são pagos para o curar.

Sem ousar castigar aqueles que pecam por proíbir a livre decisão humana, o livre arbítrio e a última palavra daqueles que sofrem. Apenas uma obra agitadora.

BSA

25 fevereiro 2005

A 1ª actividade da V Direcção da ELSA




Na foto, podemos ver alguns “elsianos”, dando as boas vindas aos novos estudantes, durante o mês de Setembro. Esta iniciativa, nunca antes explorada pelas anteriores direcções, serviu para apresentar a nossa associação aos caloiros, permitindo-lhes um maior e mais rápido envolvimento com o nosso projecto.

Em breve a ELSA adoptará novas formas de chegar mais perto dos estudantes agora para divulgar com maior eficácia uma das áreas mais importantes da nossa associação: o S.T.E.P.

SaMyRoad99

Aulas Abertas!!


Na foto, vemos o Professor Doutor Paulo Correia de Matos docente da Universidade Católica, durante a aula Aberta sobre o “regime da partilha na sucessão por morte”, realizada no 1º semestre. Foi uma iniciativa que mereceu o aplauso da academia e da empresa local e que foi bastante enriquecedora para os alunos, que tiveram a oportunidade de contactar com outras perspectivas acerca de matérias importantes da cadeira de Dtº. da Família.

No segundo semestre esta iniciativa “elsiana” vai continuar, agora nas áreas do Dtº. do Urbanismo e Ambiente; Dtº. Constitucional; Dtº; Comunitário e Dtº Administrativo.

Os convidados e as datas das próximas Aulas Abertas serão divulgadas durante os próximos dias!!

SaMyRoad99

DAY AFTER

Revelei-me sempre muito céptico em relação à obtenção de uma maioria absoluta por parte do Partido Socialista. Vaticinei neste blog que a vitória era praticamente certa, a única coisa que importava esclarecer era a existência ou não de uma maioria na Assembleia da República. O sufrágio de Domingo veio dar uma resposta inequívoca a estas dúvidas. Os eleitores decidiram, em primeiro lugar, dar uma vitória absoluta, e portanto histórica, ao PS, em segundo lugar, fazer uma viragem à esquerda, com o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda a subirem em votação e número de mandatos, em terceiro lugar fazer desta votação, em certa medida, uma votação punitiva.

PSD e PP foram os dois grandes derrotados destas eleições. Embora se tenham apresentado a eleições separadamente, procurando o PP distanciar-se do PSD e chamando a si os (parcos) louros da governação cessante, assistiu-se a uma verdadeira fuga do voto à direita, de tal forma que sucedeu algo de inédito: a esquerda conseguiu congregar quase 60% dos votos. Não podemos esquecer, todavia, que o PSD é um partido matricial do sistema político e democrático português e que uma votação como a que foi obtida por este partido talvez não seja aquela que melhor sirva os interesses da própria democracia, mas este resultado não deixa de ser um sintoma do descontentamento popular com os sociais democratas.

Aos apelos contínuos de Sócrates para uma maioria absoluta capaz de oferecer estabilidade governativa e, diga-se, possibilidade de implementar o programa de governo sem estar constantemente à procura, na oposição, de uma solução que nem sempre se afigurara como a mais digna (lembremo-nos dos tristes episódios do queijo…), a resposta foi muito clara – maioria absoluta. Mas esta maioria é pesada e constitui, na minha opinião, o maior teste às capacidades governativas dos socialistas desde a instauração da democracia em Portugal. Com a maioria dos deputados o PS tem desde logo a possibilidade de não ceder naquilo que considera ser essencial e que marca o tal “novo rumo” que os cartazes eleitorais apregoavam. Esta maior força no executivo de Sócrates concede-lhe maior margem de manobra no conjunto de personalidades a convidar para o governo. Figuras influentes e competentes, quer do partido quer da sociedade civil que veriam numa maioria relativa amarras suficientes para recusarem uma pasta ministerial, encontram agora um cenário bem mais atractivo, daí que o leque de ministeriáveis seja bem mais amplo do que na solução de maioria relativa.

Certo é que as condições para mudar Portugal estão reunidas. Há maioria, existem pessoas competentes dispostas a trabalhar, a população, mais do que nunca, está ciente da crise e das deficiências de que enferma o Estado e a Sociedade portuguesa e portanto sensíveis para adoptar as medidas necessárias. O PS não terá desculpa para não executar as reformas urgentes da Administração Pública, na Saúde, na Educação, para não combater fortemente o desemprego e tornar Portugal um país mais atractivo para o investimento estrangeiro. Não pode cair, porém, no erro de querer fazer tudo de novo, importa aproveitar o que de bom foi feito pelo governo da Coligação, e acima de tudo ter coragem, porque tem sido isso que falta à governação, coragem para afrontar as corporações (advogados, médicos, farmacêuticos, sindicatos…), estabelecer objectivos a médio e longo prazo e stick to the plan.

Um falhanço por parte do PS será penalizado como nunca pela sociedade portuguesa. Se estes resultados eleitorais foram penalizadores para uma direita coligada, o castigo seria muito maior para um partido único com todas as condições para mudar o status quo. Que assim seja!

NAP

24 fevereiro 2005

Pesadelo...

Hoje tive um pesadelo horrível... sonhei que Portugal iria ser novamente (des)governado por aqueles que durante 6 anos conduziram, alegremente, o nosso país para a banca rota...
Acordei, sobressaltado, e procurei certificar-me de tudo não passava de um sonho mau.... e qual não é o meu espanto quando todos os meios de comunicação noticiam a confirmação da profecia dos meus pesadelos!!! E na rua o povo do fado alegra-se!!
E aqueles que numa noite de Dezembro fugiram as suas responsabilidades aparecem agora como Heróis!!
Mário Soares chama-lhes Governo de “Salvação Nacional”!!!!

Tudo isto parece irreal...
Tudo isto parece uma angustiante e surreal narrativa de Franz Kafka...
Tudo isto é triste...
Tudo isto é fado...

SLOT MACHINE

23 fevereiro 2005

Odores!!!




Desde a noite do dia 20 que se sente por tudo o pais um estranho odor... que se confunde com a traça “trotskista” e o cheiro a podre “Guterrista”!!!

SaMyRoad99

21 fevereiro 2005

Esta manhã

Esta manhã, os portugueses acordaram de esperança renovada. Todo o país, à excepção de alguns clarividentes residentes na Madeira e no distrito de Leiria, optou pela mudança! Portugal, a partir de hoje, e pelo menos durante alguns dias, está de novo confiante na mudança. Todo o país se vestiu de rosa, todos vêem tudo cor-de-rosa...
O Eng.º José Sócrates conseguiu atingir, certamente acima do esperado, o primeiro objectivo da sua grande lista. Espero, sinceramente, que tenha cabeça e responsabilidade para cumprir o resto. Neste momento, vou esperar para ver, mas várias questões já me assaltam.
Haverá 150.000 militantes do PS (os velhos "jobs for the boys") em 150.000 novos postos de trabalho ou vai dividir-se o mal pelas aldeias?
E os 1000 licenciados em tecnologia? Que cor paridária terão de ter? Serão avaliadas as suas reais capacidades?
Será que o PS vai criar mais instituições como o ICEP? Será que vão mudar os directores de toda a Administração Pública apesar da sua competência? O meu maior receio é que guardem uma pastinha para o Guterres!!!
Bom, vou-me juntar aos esperançados. Vou esperar para ver, daqui a dois anos, os resultados dos objectivos agendados. Vou esperar para ver a capacidade do nosso novo PM.
É que, quando se faz uma campanha com objectivos, em vez de promessas, será com o intuito de não enganar os portugueses, ou o de arranjar à priori, uma desculpa para o caso de não os atingir?
Olívia santos

10 fevereiro 2005

INTIMIDADES PÚBLICAS


A
campanha eleitoral, aliás como se previa, tem sido fecunda em tudo menos em verdade. Não há dia em que não emirja deste espectáculo eleitoral um insulto, um comentário mais ou menos rasteiro, uma insinuação brejeira, ou se descubra muito a propósito uma qualquer ilegalidade realizada no passado pelos agora candidatos à cadeira de Primeiro-ministro.

No meio desta bacalhoada toda a insinuação que mais tinta fez correr (e mais fez dar à língua) foi a da suposta homossexualidade de Sócrates. Francamente a mim pouco me importa se o engenheiro é homossexual, heterossexual ou abstinente, não quero saber, não me importa, nem tem que me importar. Importa-me saber, isso sim, até onde se estende o meu direito a conhecer a vida de quem me vai governar e qual a fronteira de reserva de intimidade privada que os políticos, e neste caso, os candidatos têm como direito. A tarefa mais difícil será, talvez, a de delimitar a vida pública da vida íntima (ou privada), tal é a coincidência que por vezes se verifica entre ambas. Pergunto: o que é que um eleitor de boa fé tem direito a saber sobre os candidatos?

A pergunta não é simples, existem muitas zonas nebulosas, em que parece existir uma sobreposição entre o direito a saber e o direito a manter reserva. Pelo menos para mim tenho como ponto assente que temos direito a conhecer alguns aspectos. Acho pertinente que se conheça o percurso académico, o percurso profissional (e que tipo de profissional é), quais os cargos políticos que eventualmente tenha ocupado até então e qual a prestação nos mesmos… Julgo que nestas matérias estamos todos mais ou menos de acordo, mas outras existem que me deixam algumas dúvidas: suponhamos que algum dos candidatos foi preso no passado, e portanto tem cadastro, suponhamos que sistematicamente tem problemas com o fisco, ou então que tem um carácter reconhecidamente incapaz para gerir a coisa pública? Tratam-se de situações privadas ou públicas? Temos direito a saber ou não?

Tal como já referi anteriormente a orientação sexual influi no meu voto tanto como a cor dos olhos do candidato: é-me igual ao litro. E também não me interessa se o candidato é casado, é solteiro, se tem filhos ou não, se é mulherengo, julgo que são situações que estão bem no seio do direito de reserva da vida privada. Mas devo confessar que já me causa alguma espécie, para não dizer indignação, descobrir, por exemplo, que um candidato é um agressor doméstico (independentemente de se tratar de crime público ou não); que legitimidade (moral) teria um primeiro-ministro que prega a igualdade sexual quando chega a casa e bate na mulher (ou no marido)?

Certo é que a vida privada é frequentemente exposta pelos próprios (candidatos) no intuito de mostrar uma moldura familiar idílica, capaz de enternecer os corações dos votantes e fazer crer que está ali alguém capaz de governar, alguém com quem as pessoas se identificam. Mas a maior parte das vezes parece-me que trazer para a praça pública assuntos desta natureza mais não é do que uma tentativa (e quantas vezes bem sucedida) de achincalhar, deitar abaixo, jogar sujo e sem escrúpulos enquanto o tempo passa sem haver discussão de ideias e medidas concretas que é, afinal, o grande escopo de uma campanha.

NAP

04 fevereiro 2005

?!Será?!

Será Alzheimer? Crise de identidade? Crise existencial? Ou será simplesmente VONTADE DE PODER???



É de facto difícil diagnosticar o comportamento desta nobre figura da nossa democracia!!!!

SaMyRoad99


03 fevereiro 2005

Cultura Local II


“Aprendi os primeiros versos antes das primeiras letras. Não sabia ler, mas subia para para uma cadeira e recitava, emproado, Lá vão elas/as caravelas. Não sei quem escreveu esses versos. Sei que nunca mais deixar de andar embarcado nelas, as caravelas.”

Manuel Alegre – A Arte de Marear ( Primeiro Poema ), Publicações Dom Quixote, 2º Edição, p. 15


Nestes versos alheios, autobiograficamente revejo as minhas tentativas/ensaios poetico-literárias e, mesmo filosófica(o)s de compreensão da complexidade cósmica , de ‘per si’ humanamente inapropriável em face de finitude do viver humano...Não fosse o HOMEM um ‘SENDO QUE PÕE A PERGUNTA PELO SER’...não logrando, todavia, deixar de ser um ‘SENDO’...mas não mais um...Mas um diferente: Aquele que quer ‘SER’...

‘LINHA DO HORIZONTE’!

Ao ‘fundo’...a ‘Linha do Horizonte’!
Ponto último do alcançe da ‘Vista Humana’!
Ponto último da Finita Compreensão Humana
Da ‘Infinitude Cósmica’!
Filosoficamente: O ‘Limite’ dos ‘Horizontes Possíveis’!
Quantas vezes, enredemoinhado em ‘solipsismos aporéticos’,

M’iludi:
Pensando que, ‘racionalmente’, ‘TE’ conseguiria
Desmistificar?!
Apropriar nas minhas categorias ‘lógico-racionais’?!
Ai...Filósofo...Poeta....’Louco’ Insaciável
Qu’almejas o ‘Lugar dos Deuses’
E o ‘Amor das Deusas’?!
Quantas vezes embarcado
No ‘Barco Frágil’
Da Racionalidade
Não ‘içei’ as ‘velas’
E m’atirei ao ‘Mar Alto’

Em Demanda

Do Infinito?!...
Mas...paradoxalmente,
Ia constatando que não passaria
Duma ‘Meta-Ideal’: ‘Física’ e
‘Filosoficamente’ inultrapassável...
É que, quando, presumivente,
Pensava lá estar a ‘chegar’...
Compreendia que ‘ELA’
Não é ‘FIXA’...
Mas se ‘MOVIA COM O

MEU PRÓPRIO MOVIMENTO’...

“House Martins – ‘Caravan of Love’…”
ouço agora numa ‘rádio’ que,
tantas vezes, me tem dissimulado
a ‘solidão’...’solidão espiritual’
que perpassa obliquamente
este ‘espírito de gladiador’
que, ingénua ou heroicamente?!
...procura lutar por ‘algo mais supremo’
que a fugaz ‘transitoriedade’
do ‘aqui e agora’...

Solidão que ‘não’ o quer ‘ser’...
Mas que, tantas vezes, tem de o ‘ser’...
Resistindo estoicamente a
‘retóricas vazias’
e, pior ainda...
ao ‘banalismo’
da ‘mediocridade triunfante’
da ‘letárgica multidão’...

SOLIDÃO perante uma
‘LINHA DO HORIZONTE’
que se dá a ‘PENSAR’
sem nunca, na intimidade
do seu ‘MISTÉRIO’
se deixar ‘DESVELAR’...

‘LINHA DO HORIZONTE’
que me desafias as ‘entranhas’
do ‘SER’...
bem sei que ‘todos temos de morrer’!!!
Mas ‘EU’...’SENDO’ do ‘SER’...
Quero ‘SABER’...
‘SABER’ o que estará
para lá dos ‘teus’

Insondáveis
‘CORTINADOS METAFÍSICOS’...
‘SABER’ e...assim,
Abandonando a condição
Da ‘finitude’ de existir

Como ‘Sendo’...
Desaguar no ‘Eterno Ser’
Sem Devir...
Ser para ‘Sempre’...
Para ‘Sempre Ser’...

ZÉ D’APÚLIA

02 fevereiro 2005

Próxima Visita de Estudo ELSA - BILBAO - O trio Basco

Depois do sucesso da viagem à Assembleia da República - documentada aqui no Casino- a ELSA Uminho propõe, desta vez, uma visita ao Museu Guggengheim em Bilbao, Espanha.



A visita terá início no dia 15 de Abril e terminará no dia 17 do mesmo mês. Oportunamente disponibilizaremos toda a informação necessária, sendo que um preço acessível é desde já um dado adquirido.

Não obstante que o propósito da visita é, em primeira instância o Museu Guggengheim, restará obviamente tempo para desfrutar e conhecer a beleza natural, urbana e simbólica do País Basco.




01 fevereiro 2005

AVISO


Apesar de alguns dos maiores pensadores políticos ... nos terem prevenido de que o socialismo significa escravidão, continuamos a caminhar decididamente no rumo do socialismo. E agora, que vemos erguer-se á nossa frente a nova forma de escravidão, não nos lembramos da prevenção daqueles pensadores e recusamo-nos a admitir que as coisas, socialismo e escravidão, estão ligadas.

Frederico Hayek – in O caminho para a Servidão

Inserido por SamyRoad99