28 abril 2007

Na recta final

Aproxima-se o momento dos exames.

E as inevitáveis aulas-extra. Inevitáveis? Porquê?

Numa fase em que a programação do esforço e do repouso é necessária, este recurso às aulas-extra redundará em benefício para alguém?

Creio que não e preocupa-me que assim seja (ou tenha de ser!).

Com um calendário tão apertado, esta sobrecarga de aulas induz um inevitável cansaço com reflexos negativos nos resultados dos alunos.

Ante a incapacidade para mudar este estado de coisas resta-me desejar a todos...

Boa sorte!

CQ

25 abril 2007

Registos (4)

20 de Abril - Aula Aberta

Retórica e Persuasão

"A argumentação no Direito: persuadir ou convencer?"

O convite foi lançado ao Prof. Américo Sousa (a sua reacção aqui!).

A oportunidade de termos entre nós o Prof. Desidério Murcho - amigo do convidado - fez com que a aula aberta fosse a duas mãos, rectius, a três mãos porque a Prof. Clara Calheiros conseguiu fazer muito bem a síntese e a ponte entre os dois.

A aula durou o dobro do tempo previsto!

Cansaço?

Perguntem a quem lá esteve!

Registos (3)

19 de Abril

A "Pedagogia no Ensino do Direito" foi o tema que ousámos lançar este ano.

Falado em surdina nos corredores e, muito em particular, na época de exames face aos resultados esperava-se uma adesão dos alunos para a discussão em campo aberto.

Na mesa estiveram Luís C. Gonçalves, Presidente da Escola de Direito, Desidério Murcho, Pedagogo/Filósofo, e António Marinho Pinto, Jurista, moderados por Felisbela Lopes, Professora de Comunicação.

Feito o desafio, as intervenções iniciais foram curtas para que o tempo de debate fosse alargado.

Não foi necessário esperar pela primeira pergunta, tantos foram os interessados em intervir. Que não se limitaram a ouvir as respostas. Antes as contestaram obrigando os convidados a esclarecimentos sucessivos.

Há ainda alguma confusão sobre os papeis que cada um deve desempenhar.

E não é só do lado dos alunos!

Registos (2)

18 de Abril

A "Eutanásia" é um tema que anda nas bocas do mundo mas sobre o qual poucas cabeças ousam pronunciar-se.

O Prof. Pinto Machado e o Dr. José Lemos de Matos aceitaram o desafio num ambiente caracterizado pela informalidade.

Com os excertos do filme "Mar Adentro" que iam sendo passados, os convidados apresentaram as suas posições quer do ponto de vista técnico-profissional quer do ponto de vista pessoal.

As perguntas foram desafiadoras obrigando os convidados a dissertar sobre o tema e a abordar, paralelamente, o problema da IVG e da recusa de tratamento.

Uma experiência a repetir!

Registos da V Semana ELSA UMinho



17 de Abril
No início, algo morno, o Prof. Azeredo Lopes foi apresentando as suas ideias sobre a "Reforma da ONU".
Entre o sorriso e a provocação, a que não resiste, deu o mote para que o Prof. Pureza se pudesse expor na forma acutilante que o caracteriza.
A sala foi enchendo o que mereceu o reparo positivo do moderador- Daniel Catalão.
Saudamos a presença dos Professores da Escola de Direito que se quiseram associar a este primeiro dia.

24 abril 2007

O outro lado

20.Abril - O dia amanheceu a ameaçar chuva! Até parecia que as nossa saídas teriam de ser molhadas.

Não! Desta vez a visita ao Estab. Prisional de Paços de Ferreira fez-se com bom tempo.

A Dr.ª Sofia Canário recebeu-nos com simpatia. Informou-nos do plano previsto para a visita que recebeu o acordo do grupo liderado pela Prof. Flávia Loureiro.

Começámos pelo edifício mais antigo. Passámos por todos os sectores, sem excepção. Para todas as perguntas formuladas as respostas surgiram sem hesitação.

O ambiente era pesado. Os piropos(!!??) perante "tanta mulher junta" eram inevitáveis. Mas, com elevação, todos os membros do grupo souberam passar incólumes por este episódio.

Seguimos para a ala nova do EP. Menos reclusos, mais espaço, melhores condições mas, surprendentemente, não é a preferida por aqueles que por ali passam.

Códigos de conduta, regras de sobrevivência e relações que se estabelecem no meio prisional ditam as preferências. Pode-se ensaiar a explicação mas...

Só passando por lá e observando como as coisas acontecem é que se pode fazer uma aproximação ao entendimento desta realidade que continua longe dos cidadãos, em geral, e dos juristas, em particular.

Saímos mais fortes e mais conscientes do papel que nos espera qualquer que seja a profissão jurídica que venhamos a abraçar.

Próxima paragem: "CUSTÓIAS", para alguns, o inferno na Terra.

23 abril 2007

...falam de nós (2)

A ELSA UMinho na blogosfera!

Agora foi a vez do Retórica, do Prof. Américo de Sousa.

Do comentário que faz à Aula Aberta ficam as referências elogiosas e a satisfação de ter estado connosco.

19 abril 2007

...falam de nós

É sempre agradável que falem de nós!

Bem? Mal?
Mas que falem.

No De Rerum Natura, o Prof. Desidério Murcho noticia o que acontece ou vai acontecendo por aqui, na UM.

E com a ELSA Uminho.

Sempre gratos.

15 abril 2007

...mais Justiça!

"Para fazer mais Justiça!" - era esta a resposta esperada, ano após ano, pelo Professor à pergunta: "Por que estamos aqui?" de cada vez que iniciava um Curso de Direito.

E tanto por fazer!

Depois deste texto e das notícias de hoje, não consigo perceber as prioridades daqueles que têm por obrigação governar.

Ao preferirem desperdiçar tempo e esforço em questões menores ou em lutas por retalhos de poder, esquecem por que foram escolhidos e que devem obrigações aos que os escolheram.

A causa pública não pode continuar a ser espaço de quem, tendo de servir, prefere servir-se!

12 abril 2007

Vª Semana ELSA UMinho



Queremos marcar a diferença!

Todos estão convidados!

10 abril 2007

Surpreendidos? Talvez não!

A avaliação não faz parte (ou não fazia!) do código genético da Administração Pública (AP).

Todos a olhavam de soslaio, desprezando-a e até ridicularizando aqueles que nela depositavam alguma importância como instrumento objectivo de análise.

Mas agora temos um político que, teimosamente, entendeu que era chegado o momento de renovar/reduzir a estrutura da AP. Assente em que pressupostos?

Naturalmente, naqueles que durante anos vigoraram. Os da avaliação!

Com que resultados? Bastará acompanhar as reacções proteccionistas das organizações sindicais que agora vêm dizer que o modelo de avaliação não deve ser considerado válido porque eivado de distorsões, de subjectividade.

Por que pactuaram com o modelo de avaliação que, ano após ano, atribuía a classificação de "Muito Bom" e de "Excelente" à generalidade dos funcionários e agentes da AP?

Por acaso estariam convencidos que a nossa AP era constituída por uma excelência dificilmente comprovável?

Depositada a responsabilidade de seleccionar aqueles que deverão integrar o regime da mobilidade especial sobre os ombros das chefias directas, é chegado o momento da verdade!

São todos "Muito Bons" e até "Excelentes"! Mas uns mais que outros!

Porque ninguém consegue perceber a objectividade do procedimento, assistimos a este corropio de providências cautelares qual prática desportiva que "virou moda", nas palavras do autarca Rui Rio.

Onde andavam os estrategos do sindicalismo?

Por acaso estariam convencidos que estavam a coberto da inevitabilidade dos tempos?

O tempo de hoje é o da excelência, da competitividade e da produtividade.

Já não há lugar para parasitismos funcionais como aqueles a que continuamos a assistir de cada vez que somos obrigados a recorrer aos serviços, ditos, públicos.

09 abril 2007

"Avaicho os intelequetuais!"

De Manuel António Pina, na revista Visão, 15.Março, respigo este pedaço de prosa:

"Nas universidades, os estudantes que estudam em vez de copiar nos exames são «marrões» e os poucos que lêem são «ratos de biblioteca», sendo que o problema não é serem «ratos» (ser «rato», na política, nos negócios, na vida em geral, é um elogio que se agradece com um sorriso de modéstia), o problema é serem, bleugh!, de «biblioteca».

Um estudante «rato» é o que consegue tirar o curso sem ter lido um livro e que, metendo pela via rápida de qualquer juventude partidária, em pouco tempo chega a assessor de uma Secretaria de Estado, enquanto o colega «intelectual» continua estupidamente encafuado na biblioteca a preparar o mestrado para poder inscrever-se num Centro de Emprego."

06 abril 2007

Dá que pensar...

Num estudo recente da ONU, sobre a riqueza e a sua distribuição no mundo, pode ler-se:

"2% da população mundial detém 50% da riqueza.

50% da população mundial detém 1% da riqueza!"

Em Portugal, os números não são animadores:

"21% da população está próxima do limiar de pobreza!"

Isto fará sentido?

04 abril 2007

À portuguesa

Se alguém convida ou tem de receber outrém, por razões de protocolo ou ofício, não está à espera de ser insultado ou mesmo agredido.

Se essa pessoa, no exterior da casa e antes de entrar, resolver insultar o anfitrião ou a sua família não é expectável que lhe seja permitida a entrada.

Se, uma vez no interior, resolver insultar o anfitrião, agredi-lo e, não satisfeito, decidir destruir o mobiliário não será expectável que o seu comportamento seja tolerado. Antes se espera que seja convidado a sair e, se não o fizer, terá de sair pela força.

E no mundo do futebol? Como se passam as coisas?

Bastará rever as notícias no rescaldo da última jornada para se perceber que gente de bem não aceitará nunca misturar-se num meio onde tudo pode acontecer e, mais grave ainda, com acompanhamento e protecção policial para os piores da espécie e os seus desmandos.

Até quando esta complacência?

Onde estão a lei e a autoridade?

Questão de educação

Espanha tem sido o destino de muitos estudantes finalistas do secundário. As notícias que nos chegam nem sempre são motivo de regozijo.

Lloret del Mar, centro turístico de ocasião, foi palco dum incidente que envolveu alguns estudantes portugueses.

"...os jovens apenas se excederam, atirando ovos cozidos, açúcar e papel higiénico pelos corredores do hotel" - declararam os responsáveis da agência.

Apesar de tolerantes, os espanhóis não terão achado graça nunhuma e despacharam os nossos jovens para o meio da rua.

Convenhamos que, a ser verdade, merece aplauso este momento de educação e civismo. Não será ocasião para a Sr.ª Ministra da Educação criar uma disciplina de Civilidade e Cidadania?

Educação e cultura completam-se, não se excluem.

CQ

01 abril 2007

Descobrir o outro lado

A viagem foi tranquila e o grupo de finalistas conseguiu chegar ao Estab. Prisional de Sta. Cruz do Bispo.

A novidade do momento percebia-se pelo alarido durante a identificação e a passagem pelo controlo de metais.

A recepção foi feita com uma intervenção demorada mas interessante do Director, Dr. Jorge Morais. Seguiu-se a visita debaixo de uma chuva persistente.

Percorremos todos os espaços do EP. Explicações detalhadas do modo de funcionamento permitiram uma percepção mais real do que é o ambiente prisional.

O alarido inicial deu lugar à cuidada atenção sobre todos os detalhes do que ia acontecendo.

A visita durou quase 5 horas! Alguém manifestou enfado ou cansaço? Não!

Foi preciso lembrar que ainda tínhamos 60 km de viagem para o regresso.

Os nossos agradecimentos ao Dr. Jorge Morais, à Dra. Gina Rodrigues e ao Chefe Paulo Novais.

Acreditem, valeu a pena!

Reflectir...

Bolonha é já realidade. Mais pela forma que pela substância!

Vale a pena reflectir sobre o insucesso em algumas cadeiras, p.e., por que será que Metodologia tem inscritos mais de 400 alunos e Obrigações mais de 300?

Aos alunos compete estudar, participar e adquirir conhecimentos mas a culpa ficará por aí?

O calendário de exames em vigor não estará a dificultar o sucesso dos alunos?

Inviabilizando uma época especial (post-férias) não se estará a contrariar o princípio da igualdade no tratamento de alunos?

Sem polémica e serenamente, não deviam as instituições representativas dos alunos reflectir, analisar e propor soluções realistas?

Sendo académica, a questão é real e são nefastas as suas consequências.

CQ

Mais uma boa surpresa,...

Fresco, desinteressado mas muito interessante é este o blog que tive oportunidade de ver e recomendo. Depois da descoberta de Luís Aguiar-Conraria, encontro, agora, Vasco Eiriz também professor da Universidade do Minho.
Os bons exemplos são mesmo de seguir.