21 agosto 2006

Marcelo Caetano

Regressado às lides, fiz a actualização de algumas leituras.
Com uma saudável inveja, digo: "Como gostaria de ter escrito isto!"

"Nas suas lições de Direito Penal o Professor Marcelo Caetano lamentava-se de não as ter podido escrever melhor, mas, vencendo como professor o ordenado equivalente a um primeiro oficial, tinha, para fazer face às despesas de sua família, de se dispersar em outras actividades. Houve uma vez em que, tendo saído do Governo se viu na necessidade de advogar e conseguiu um lugar de consultor jurídico da Companhia de Seguros Mundial. Por gentileza da administração podia usar a sala de reuniões do Conselho de Administração para receber um ou outro cliente privado, pois não tinha dinheiro para suportar as despesas de um escritório. Ao ver, como vemos todos, aqueles que hoje se enchem à conta do Estado, os que entram para a política pobres e saem de lá anafados e bem instalados, tudo isto, que é uma memória dos tempos da ditadura, tem um sabor amargo. Digo-o, sabendo que isto é politicamente incorrecto. Quero lá saber! Cheguei àquela idade em que só uma coisa me incomoda: a mentira dos políticos e a ingenuidade dos que neles acreditam.

ou

Cheguei àquela idade em que só uma coisa me incomoda: a mentira."

José António Barreiros, Patologia Social

JL

05 agosto 2006

At carnegie hall

Monk ao piano e Coltrane no sax. Quando os génios se juntam dá nisto.
Obrigado.

NAP

03 agosto 2006

Os irmãos Castro...

Também tinhamos por aqui uns irmãos Castro. Atletas. Estes são ditadores. Um é o Fidel: ditador de profissão a tempo inteiro. O outro é Raul: ditador aprendiz, substituto do irmão em tempos de maleita.
Não haverá nada que dizime esta estirpe? (De ditadores, bem entendido).

NAP

01 agosto 2006

A Justiça no feminino II

Depois de ter saudado aqui a admissão da Dr.ª Júlia Jácome no CEJ, tive oportunidade de estar com ela pessoalmente e de, sobre o assunto, trocar algumas impressões.
Sem surpresa (ou talvez não!), fiquei a saber que não foi a única candidata da Universidade do Minho a ser admitida. Do seu ano de curso, reforçou. Porque crê que outras candidatas de cursos de anos anteriores se terão apresentado e sido admitidas.
Não deixa de ser curioso que, à falta de elementos credíveis e fiáveis sobre a empregabilidade e o sucesso dos licenciados em Direito da UM, não se aproveite para publicitar os números relativos ao CEJ (e já agora, à Ordem dos Advogados).
Continuamos a viver satisfeitos com o nosso microcosmos e num umbiguismo atávico que corta cerce a vontade e a ambição dos poucos que ainda ousam aspirar a voos mais altos.
Mas... melhores dias virão!

JL