13 fevereiro 2007

Prevenir o inevitável

Linha do Tua, um acidente inesperado com vítimas.

Tal como outros ocorridos ao longo dos últimos anos em linhas de traçados sinuosos, pouco movimentadas e onde a vigilância, redução de velocidade e precaução, em tempos de intempérie, são indispensáveis.

Sem pretender acusar e lamentando a ocorrência, permito-me sugerir que nunca deveremos esquecer que, em locais ermos, com penhascos e abismos junto à via, toda a prevenção é pouca. E em especial no tempo de chuvas intensas.

Colocar redes protectoras e rondar esses locais com frequência apenas previne sem evitar a ocorrência. Imagino que tudo isto seja normalmente feito naquele troço de via férrea.

Porém, aos que agora apontam para a desactivação destas linhas, lembro que as populações só utilizam estes comboios porque não têm alternativa. Pensem nas dificuldades noticiadas, ontem e hoje, e na morosidade do socorro às vítimas por causa dos acessos que não existem.

Um dia, há alguns anos, também fui vítima em situação idêntica, na Linha da Póvoa.

Era dia de Natal. Pelas 9h00 da manhã, próximo da localidade de Crestins, fui parar com o comboio às margens do rio Leça.

CQ