O que vale Paulo Macedo?
É este o título de capa da revista DIAD do jornal Público, 02.Fevereiro.
Paulo Macedo (PM), o Director Geral dos Impostos (DGI), tem sido o mote de discussão entre a oposição e o governo a propósito da sua continuidade ou não à frente da DGI.
A pergunta e o modo como é colocada fazem todo o sentido. Não conheço a pessoa nem o seu percurso profissional mas todos conhecemos os resultados desde que assumiu a DGI. Por isso, pergunto:
a) Poderia ter sido diferente?
b) Outro profissional teria obtido os mesmos resultados?
c) Era necessário recorrer ao sector privado para conseguir alguém para tal projecto?
O modelo de organização da Administração Pública, a forma como são avaliadas e premiadas as pessoas pelo seu desempenho e o modo como se estruturam as carreiras são os espartilhos que fazem com que um estranho chegue e obtenha resultados.
O desempenho do DGI é o que se exige, todos os dias, na direcção das empresas privadas, a saber:
1 - Optimização dos recursos tecnológicos disponíveis
2 - Afectação ajustada das pessoas envolvidas no projecto
3 - Informação partilhada e cruzada sobre tudo e por todos os envolvidos
O desempenho de PM não é senão o resultado da sua condição de profissional habituado a trabalhar por objectivos e a ser compensado por eles sem estar na expectativa do decurso do tempo ou de alguém que lhe reconheça o mérito.
Nestas condições, a equipa funciona com sucesso ainda que a fazer algo que os cidadãos não gostam, liquidar e cobrar impostos.
Os funcionários da DGI elogiam PM, claro! Foi com ele que começaram a sentir-se elementos de uma equipa ganhadora!
Ninguém gosta de estar do lado dos vencidos!
Não há técnicos na AP capazes de tal desempenho?
Não acredito!
1 Comments:
«c) Era necessário recorrer ao sector privado para conseguir alguém para tal projecto?»
Normalmente só se mantém, só volta ou só vem para o sector público quem está numa de 'bom samaritano', pois a nível de remunerações, não existe comparação possível entre público e privado... e é nas remunerações que a questão, fundamentalmente, reside.
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