13 fevereiro 2007

O que se passa a Norte

O País foi a referendo e o mapa demonstrou as diferenças entre o Norte, o Centro e o Sul.

Mesmo considerando a liberdade de opinião indiscutível em Democracia, parecem merecer mais uma vez reflexão as posições tomadas na região mais a Norte do País.

É preocupante porque continuamos prisioneiros dum passado recente e sem opinião própria em muitos casos.

O referendo já é passado e os resultados vão demorar a ter efeitos na sociedade portuguesa. O faz que anda mas não anda e os "burocratas" vão ter a palavra. O País vai continuar à espera de legislação adequada.

Mas convirá reter que, a Norte, o país parece pensar sempre como no passado.

CQ

3 Comments:

At 13 fevereiro, 2007 13:08, Anonymous Anónimo said...

São opiniões, valem o que valem!!!
No entanto, gostaria de tecer algumas considerações:

Em primeiro lugar, se se entende que o que está em causa na pergunta referendada é a despenalização, pergunto: despenalização de quanto? Total? Parcial? Será que o que se quiz foi despenalização ou terá sido descriminalização?
Por outro lado, questiono: se a finalidade das penas é a protecção de bens jurídicos, haverá algum bem jurídico mais fundamental que a vida humana? Dir-se-á: pois, mas o Tribunal Constitucional declarõu a constitucionalidade da pergunta. Pois, mas em que termos o fez? Qual a percentagem de juizes que votaram vencidos? Quais os argumentos dos que votaram vencidos?
Despenalização, estamos entre juristas, não é o mesmo que descriminalização. Quando, na sequência dos resultados do referendo, os avatares do sim vieram cantar vitória, acrescentaram que, na sequência dos resultados o aborto clandestino não seria problema, mormente continue a ser crime, uma vez que as pessoas preferirão recorrer ao acompanhamento médico! Ainda bem que só eu é que sou desconfiado e não crente!!!!
Claro que quero crer que quem defendeu o sim o fez por razões de preocupação sincera com a saúde das mulheres e com a saúde pública! No entanto, o autor do texto que me antece parece querer ir mais longe nos argumentos. O que estava em causa, afinal, era a luta acérrima entre os antiquados e os modernos!! Quem diria!!! o Minho, o norte do país é inculto, atrasado, conservador!! Pois, moderno é poder, legitimando todas as irresponsabilidades, transformar o aborto em método de contracepção! Eu é que ainda lá não tinha chegado!
Parece-me que se exige aos académicos um pouco mais. Parece-me que se lhes exige honestidade intelectual, seriedade nas opiniões, reflexão séria e honesta que não esconda intenções falaciosas dignas de um anti-clericalismo balofo e tipicamente carbonário, que hoje, escondendo-se atrás da perrogativa do laicismo, talvez legítimo, pretende criar do nada coisa nenhuma.

Hélder Apóstolo

 
At 13 fevereiro, 2007 19:12, Blogger Pedro Morgado said...

Caro CQ,

Acho que este Referendo mostrou que há 2 nortes dentro do Norte. E isso é o facto mais importante.

O Norte urbano não se identifica com o Norte rural (que é maioritário...)

 
At 20 fevereiro, 2007 00:01, Anonymous Anónimo said...

Sou do Norte URBANO e votei NÃO e este JL não passa de um míudo armado em esperto que tenta ser alguém através de um blog.

 

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