A propósito...
No comentário ao texto anterior, jam alerta para o facto de estarem a ser preparadas alterações às regras de acesso à advocacia e à magistratura.
Com Bolonha, os futuros candidatos terão de se apresentar com o grau de mestre!
Desde logo, a vantagem insofismável que resultará da qualidade da preparação conseguida com aquele ciclo complementar de formação.
E ficarão resolvidos os problemas da nossa Justiça face à impreparação notória com que a generalidade dos juristas se apresenta na candidatura àquelas profissões?
Ou não será esta exigência a manifestação objectiva do fracasso em que redundou o ajustamento dos planos de estudo a Bolonha?
Todos se mostraram entusiasmados com a ideia mas quase ninguém acredita nas mudanças que quase não passam de operações de cosmética!
2 Comments:
Sem comentarios. As mudanças do nosso curso sao (e para nao chamar um nome pior) rídiculas,nota-se uma diferença enorme,realmente... nas propinas que teremos que pagar para cumprir um 5º ano (que ja tinhamos) como mestrado.
Bolonha teria sido optimo se a reforma fosse a nível de conteudos do curso e na minha opiniao definitivamente uma opção mais pratica. É frustrante conversar com pessoas que terminaram o curso na propria UM e a resposta ser sempre: nao vais usar nada do que aprendes aqui,isto é so teoria.
A unica reforma que vejo é o aumento do valor a pagar e o elitismo a subir em flecha. Sim,pq infelizmente nem todos se podem de dar ao luxo de dispender de tanto dinheiro!
como muitas outras coisas, esta história do processo de Bolonha foi um embuste perfeito.
o pessoal ( quando digo o pessoal, digo os estudantes a as suas associações, etc...) e respectivas famílias rejubilou com a possibilidade de ver a espera por alcançar um canudo reduzida a três anos. O resultado... quem quiser efectivamente ser algo no mercado de trabalho tem de ser mestre... os regimes de débito de matéria tornaram-se alucinantes e os estudantes são uma espécie de stakhanovistas, os preços das propinas subiram em flecha... e NINGUÉM DISSE NADA! Por uma qualquer razão subjectiva ( ainda a recuperar de um período de relativo desafogo) a capacidade de reacção das pessoas em portugal extinguiu-se.
Talvez que o martelar contínuo de uma meia dúzia de opinion makers durante meia dúzia de anos a garantir-nos que estamos a viver uma vida ricos e que isso não é bom nos tenha enchido de complexos de culpa...
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