Lições de gestão
Há coisas que me deixam intrigado. Quase todos os dias leio nos jornais e vejo na televisão o encerramento de empresas. Pequenas e grandes, antigas ou recentes, poucas parecem ser aquelas que não sucumbem à crise que vai assolando o nosso país.
Esta anormalidade, de tão frequente, tornou-se normal. Já nem se estranha. Vê-se, lê-se e segue-se caminho.
Por outro lado, todos os anos, por altura da apresentação dos relatório e contas das empresas, eis que são reveladas as contas das SAD's. E, invariavelmente, o que vem a público são passivos colossais, aqui e ali atenuados, mas ainda assim incomportáveis para uma empresa normal. Como é que empresas com longos anos de actividade, geridas por profissionais, votadas para o lucro vão-se esboroando e estas recentes criações empresariais, a despeito de buracos financeiros brutais, subsistem?
A relação entre os poderes públicos e os clubes de futebol sempre foi muito duvidosa, cheia de truques e habilidades. A começar pelo Fisco, que se apregoa tão duro para o comum dos contribuintes, mas sempre pronto a abrir uma excepçãozinha quando se trata do futebol. A populaça vai fechando os olhos e não parece importar-se muito.
Afinal de contas é futebol...
NAP
2 Comments:
Procure informar-se da diferença entre os seguintes conceitos:
- interesse público e interesse privado
- objecto social de uma empresa com fins privados e objecto social do futebol
- regulamentação das SADs e natureza do valor actual líquido das receitas futuras que os clubes acedem e que permitem uma subsistencia de m/l prazo
Depois observe que, tal como qualquer empresa, SEMPRE que as perspectivas de sustentabilidade do clube cessam, o clube vai parar a 3ª Div ou Distritais e cai no esqucimento.
Conhecia o Salgueiros, o Campomaiorense ou o Farense?
Há uns anos houve outras grandes equipas no futebol como a CUF e por este motivo também viram a sua actividade cessar!
Quando se der conta desta realidade talvez comprrenda que não dá liçoes de gestão a ninguem!
Há quem azede mesmo nos momentos de leitura ou então é azedo, por natureza.
O post, creio, procura brindar os mais descuidados com as "lições de gestão" que as SADs parecem querer dar aos empresários que se dizem de "mão cheia" no contexto português.
Numa linguagem cifrada, o comentário anterior nada acrescenta nem esclarece.
E já agora, quanto ao valor actual líquido das receitas futuras muito se poderá discorrer e até concluir que já serviu para muito "boas" empresas desaparecerem do mercado ou, em alternativa, deixarem de cumprir as suas obrigações.
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