OBRIGADO ABRIL
Há 31 anos atrás começou o resto da história de Portugal. As pessoas ergueram-se de novo, olharam em frente, já sem o peso do breu que durante 40 anos sobre elas pesou. A palavra LIBERDADE pôde, a partir de então, ser gritada a plenos pulmões, mas mais importante do que isso: pode ser vivida, falada e escrita.
Foi o primeiro dia “inteiro e limpo”, sem medo, sem terror, sem pides, sem bufos, sem lápis-lazúli, sem livros únicos, sem “deus, pátria e família”, sem exílios, sem amarras, sem infantilizações… e tudo, tudo sem sangue.
A todos os Capitães de Abril, e em especial a Salgueiro Maia, porventura o verdadeiro símbolo deste desejo desinteressado pela liberdade, o meu obrigado. Obrigado, por não deixarem que a minha geração não conhecesse a canga que sobre vós pesou. Obrigado pela DEMOCRACIA.
A ditadura caiu e o povo saiu à rua, sem sangue nem ódios. O sonho tornou-se possível com cravos nas espingardas.
Cometeram-se muitos erros após o 25 de Abril, é certo, alguns que levaram as pessoas a questionarem-se sobre se teria valido a pena. Mas olhando para trás quem poderá em boa fé dizer que não valeu a pena?
Valeu, valeu, sempre!
NAP
1 Comments:
Caro NAP,
Permita-me que concorde inteiramente consigo. E como dizia o poeta:
"Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena"
Olívia Santos
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