Associativismo na Academia II
Cumprindo a promessa, volto ao tema sobre o qual escrevi aqui.
Deixei algumas perguntas para suscitar reflexão. O tempo permite aferir e moldar algumas das intervenções. Torna-as acutilantes e retira-lhes a acidez. Dota-as de objectividade.
A pergunta era: “Associativismo na Academia, sim ou não?”. Procurava-se discutir o tema na UM e não apenas na Escola de Direito. Mas os últimos acontecimentos forçam-me a uma abordagem mais redutora ainda que não menos interessante.
A AEDUM, com o objectivo de levar a Escola de Direito para fora da UM, iniciou uma tertúlia/conversa informal com o nome “VOX IURIS” e lançou o nº 1 do jornal com o mesmo nome. Prepara o início da Semana de Direito que todos esperamos seja um êxito.
A ELSA tem animado a academia com diversas iniciativas de que se destaca a agora finda “Semana ELSA”. Para quem esteve presente e na opinião dos professores que a acompanharam, um êxito!
Pelos comentários que tive oportunidade de ler aos textos publicados neste blog, gerou-se uma “guerra” que ainda não consegui perceber que objectivos visa atingir ou que valor acrescentado pretende ter (se é que o tem!). Percebe-se nos escritos as posições pró e contra de cada um mas já não se entende onde querem chegar.
Afirmar-se que a AEDUM representa todos os estudantes de Direito e não apenas os associados e que a ELSA não se pode arvorar como representante de todos mas “apenas” dos seus associados – que tratará como “clientes” - e classificar a ELSA de “organizadora de eventos” com fins lucrativos (?!) são declarações pouco abonatórias no contexto do associativismo.
Volto à pergunta: “Isto é associativismo?”. Respondo para que não haja espaço para dúvidas: “Não, não é!”. Este estado de coisas configura uma feira de vaidades e tentativas mal conseguidas de auto-promoção. Associativismo é “estar ao serviço” e não “servir-se de”. Para isso é preciso fixar objectivos, definir estratégias e concertar todos os esforços disponíveis para a sua prossecução.
O desafio é: “ENTENDAM-SE!”
“Ser de Direito é ser diferente!”
JL
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