27 setembro 2005

Eles aí estão!

Na recepção aos caloiros, o Presidente da AAUM, Roque Teixeira, fez o apelo para que fossem pró-activos:
“Critiquem, lutem, aplaudam, vivam. Só assim poderemos ser melhores!”
Por concordar, registo e aplaudo o apelo.
No corpo da notícia do “Diário do Minho”, acrescenta-se:
“Durante esta semana, as atenções centram-se no acolhimento e integração dos novos alunos e na praxe.”
Em que ficamos?
Os actos parecem contrariar as intenções!
Voltámos a ter mais do mesmo.
A pró-actividade dos caloiros manifesta-se na “obrigatoriedade” de se prestarem a ser marionetas nas mãos dos “doutores”.
Para podermos ser melhores, Presidente dixit, teremos de criticar e lutar.
Como? Onde?
O “circo” montado por estes dias ilustra bem a capacidade crítica e de luta que domina a face visível da academia.
“Supervisionem o bem trajar” – alerta o Presidente às Comissões de Praxe.
“Acrescentem-lhe dignidade!” – pedirão muitos, no silêncio ensurdecedor que se estampa nos olhares furtivos de quem passa.

JL

3 Comments:

At 02 outubro, 2005 16:05, Blogger Sónia Monteiro said...

Caro JL,
Novamente o vejo a escrever sobre as tão famigeradas praxes... assunto que, de algum modo, o deve preocupar, caso contrário não voltaria a escrever sobre elas. Quanto a esse assunto, caro JL, também eu tenho algo a dizer: concordo plenamente consigo quando diz que é preciso dignidade nas praxes, tal como em todas as coisas que fazemos, dizemos e até mesmo que pensamos…
Muitos são os exemplos que encontrará dentro desta academia que lhe mostrarão o quão importante foi a praxe para a integração dos mesmos, dos quais eu sou um deles. De certo me dirá que outros abusam, lamentavelmente isso é verdade, todavia aquilo que a praxe proporciona (convívio, diversão, integração, entre outras coisas que só quem as vive as entende) sobrepõe-se a esses maus exemplos a que se agarra para a desacreditar.
Por outro lado, caro JL, coisas há que só fazem sentido e só são compreendidas, por maioria de razão, no seu tempo certo... Quando esse tempo passa e não as vivemos, depois é preciso muita compreensão e uma dose maior de bom senso para as entender.

 
At 03 outubro, 2005 00:03, Anonymous Anónimo said...

SPSM,
Não pretendo criar enfado por, de novo, voltar ao tema.
Nem, tão pouco, é, para mim, motivo de preocupação.
Tão só o olhar crítico sobre uma realidade com a qual não me identifico mas com que aceito conviver.
Também não preciso de agarrar quaisquer exemplos para desacreditar a praxe. Nem é esse o meu propósito.
Os "doutores" e o tempo encarregar-se-ão dessa tarefa.
A repetição dos gestos e de atitudes e a sua replicação, ano após ano, não lhes conferem nem mais nem menos aceitabilidade para além daquela que lhe queiramos atribuir.
Quanto ao tempo que passa, à compreensão que necessitamos e ao bom senso que vamos consolidando ainda é cedo para aferirmos onde, como ou com quem isso está a acontecer.

 
At 29 outubro, 2005 18:39, Anonymous Anónimo said...

Realmente criticar e lutar pelos seus direitos foi o que fizeram os alunos de Direito em relação ao que tem vindo a acontecer no nosso curso nos últimos tempos. E foi só perante ameaças que conseguimos obter alguma coisa da Escola de Direito, embora o nosso queridíssimo professor e director de curso, Dr. Hoerster nos critique de forma irónica (mas é a brincar que se vão dizendo as coisas, e é isso que este senhor está a fazer) e atire para o ar piadas sobre a nossa condição de alunos e do nosso Direito, mais do que adquirido, à Greve.
Só quem está no 2º ano ou a ter aulas de Teoria sabe o que ele anda a dizer de nós.

 

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