Eles aí estão!
Na recepção aos caloiros, o Presidente da AAUM, Roque Teixeira, fez o apelo para que fossem pró-activos:
“Critiquem, lutem, aplaudam, vivam. Só assim poderemos ser melhores!”
Por concordar, registo e aplaudo o apelo.
No corpo da notícia do “Diário do Minho”, acrescenta-se:
“Durante esta semana, as atenções centram-se no acolhimento e integração dos novos alunos e na praxe.”
Em que ficamos?
Os actos parecem contrariar as intenções!
Voltámos a ter mais do mesmo.
A pró-actividade dos caloiros manifesta-se na “obrigatoriedade” de se prestarem a ser marionetas nas mãos dos “doutores”.
Para podermos ser melhores, Presidente dixit, teremos de criticar e lutar.
Como? Onde?
O “circo” montado por estes dias ilustra bem a capacidade crítica e de luta que domina a face visível da academia.
“Supervisionem o bem trajar” – alerta o Presidente às Comissões de Praxe.
“Acrescentem-lhe dignidade!” – pedirão muitos, no silêncio ensurdecedor que se estampa nos olhares furtivos de quem passa.
JL
3 Comments:
Caro JL,
Novamente o vejo a escrever sobre as tão famigeradas praxes... assunto que, de algum modo, o deve preocupar, caso contrário não voltaria a escrever sobre elas. Quanto a esse assunto, caro JL, também eu tenho algo a dizer: concordo plenamente consigo quando diz que é preciso dignidade nas praxes, tal como em todas as coisas que fazemos, dizemos e até mesmo que pensamos…
Muitos são os exemplos que encontrará dentro desta academia que lhe mostrarão o quão importante foi a praxe para a integração dos mesmos, dos quais eu sou um deles. De certo me dirá que outros abusam, lamentavelmente isso é verdade, todavia aquilo que a praxe proporciona (convívio, diversão, integração, entre outras coisas que só quem as vive as entende) sobrepõe-se a esses maus exemplos a que se agarra para a desacreditar.
Por outro lado, caro JL, coisas há que só fazem sentido e só são compreendidas, por maioria de razão, no seu tempo certo... Quando esse tempo passa e não as vivemos, depois é preciso muita compreensão e uma dose maior de bom senso para as entender.
SPSM,
Não pretendo criar enfado por, de novo, voltar ao tema.
Nem, tão pouco, é, para mim, motivo de preocupação.
Tão só o olhar crítico sobre uma realidade com a qual não me identifico mas com que aceito conviver.
Também não preciso de agarrar quaisquer exemplos para desacreditar a praxe. Nem é esse o meu propósito.
Os "doutores" e o tempo encarregar-se-ão dessa tarefa.
A repetição dos gestos e de atitudes e a sua replicação, ano após ano, não lhes conferem nem mais nem menos aceitabilidade para além daquela que lhe queiramos atribuir.
Quanto ao tempo que passa, à compreensão que necessitamos e ao bom senso que vamos consolidando ainda é cedo para aferirmos onde, como ou com quem isso está a acontecer.
Realmente criticar e lutar pelos seus direitos foi o que fizeram os alunos de Direito em relação ao que tem vindo a acontecer no nosso curso nos últimos tempos. E foi só perante ameaças que conseguimos obter alguma coisa da Escola de Direito, embora o nosso queridíssimo professor e director de curso, Dr. Hoerster nos critique de forma irónica (mas é a brincar que se vão dizendo as coisas, e é isso que este senhor está a fazer) e atire para o ar piadas sobre a nossa condição de alunos e do nosso Direito, mais do que adquirido, à Greve.
Só quem está no 2º ano ou a ter aulas de Teoria sabe o que ele anda a dizer de nós.
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