Quem tem medo das avaliações?
“Sabemos que muitas instituições de ensino superior são instituições acomodadas.
Sabemos também que há muitos professores acomodados e desencantados. A mudança não partirá da universidade nem dos politécnicos. Terão de ser os alunos a ser mais exigentes e reivindicativos. Terão de ser os alunos a reivindicar mais qualidade, em vez de menos propinas.
Acredito que a resposta à questão: “Como se altera esta situação?” – está na resposta a outras perguntas:
- Como tornar os estudantes muito mais exigentes?
- Como obrigar as Universidades a escutarem essas exigências?”
NÃO!?
Não se trata de um excerto de discurso de campanha para as legislativas.
São reflexões de alguém que é “prata da casa”!
E mais um contributo para a reflexão sobre o associativismo.
Vale a pena ler o original.
http://aguiar-conraria.weblog.com.pt/arquivo/2004/09/quem_tem_medo_d.html
posted by Casino da ELSA @ 01:48
1 comments
1 Comments:
Caro AgoraEu: tive oportunidade de ler o artigo em questão logo na altura em que foi publicado num espaço de opinião no "Público". Já na altura me chamou a atenção. Em primeiro lugar por ser alguém da casa, em segundo por relatar as suas experiências pessoais nos Estados Unidos, sem prepotências nem pedantismos mas sem medo de falar abertamente de um problema que afecta practicamente todas as universidades: a a impreparação pedagógica dos professores do ensino superior. Sim, porque uma coisa é a capacidade científica, que muito provavelmente os alunos não serão competentes para avaliar, outra muito diferente é a capacidade de um professor expor as matérias que domina (ou não) e de conseguir prender a atenÇão da plateia.
Pergunto: que preparação a nível de programação de conteúdos, de metodologia de ensino, de psicologia educacional tem um professor universitário? Desconfio que qualquer professor do ensino secundário dá uma banhada em termos pedagógicos a um professor do ensino superior.
Mas alguém se preocupa com isto? Não me parece.
Não sou adepto da ideia de que somente o que vem de fora é que é bom, mas os bons exemplos são para ser seguidos. É por estas e por outras que os Estados Unidos ocupam quase todos os lugares no top ten das melhores universidades a nível mundial.
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