Hipocrisias (3)
Sobre a tragédia da Nazaré, ficámos a saber que os Serviços da Protecção Civil tinham um helicóptero disponível e capaz de actuar muito mais rapidamente do que a aeronave que saíu do Montijo.
E não actuou porquê? Conhecida a ocorrência, terá pedido autorização para intervir mas não foi concedida porque não é da sua competência nem área de jurisdição.
E ficaram sentados a assistir à morte anunciada daqueles homens!
Pergunto, o responsável daquele serviço não deveria ter actuado? Mesmo em desobediência? Quem o condenaria? Qual seria o problema de, em vez de um meio aéreo, termos no local dois?
As teias dos serviços públicos toldam o discernimento e capacidade de iniciativa daqueles que nela querem fazer carreira a todo o custo. Tomar a iniciativa, correr o risco de fazer diferente significa, naquelas cabeças, hipotecar o futuro.
Por isso, não importa quantos vão ficando pelo caminho!
Será que alguma vez ouviram falar de serviço público?
E vão continuar a dormir sossegados!
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