SUPER MÁRIO
Fez esta semana 80 anos que nasceu Mário Soares. Filho de João Lopes Soares,
profundo republicano, foi criado e imbuído dos valores da liberdade e da
democracia desde cedo. Pôde, ainda, (verdadeiro privilégio) gozar da
companhia do filósofo Agostinho da Silva na descoberta do mundo e de muito
daquilo que iria formar a sua identidade.
Desde os seus tempos de estudante que Soares mostrou ser um activo resistente
contra a ditadura. Chegou a pertencer ao PCP, numa altura em que a luta contra
o regime se confundia com o próprio PCP. Integrou igualmente a candidatura de
Norton de Matos à Presidência da República, em 1949, e quase dez anos depois
(1958) fez parte do comité que apoiava a candidatura de Humberto Delgado à
chefia do Estado.
Como advogado representou a família do "general sem medo" após o seu
assassínio (perpetrado pela PIDE) e defendeu inúmeros prisioneiros
políticos. A sua activa militância pela liberdade e contra o regime fizeram
com que fosse preso doze vezes, sendo mesmo deportado para S. Tomé e Príncipe
em 1968 sem julgamento. Em 1970 exila-se em Paris, onde escreve "Portugal
Amordaçado" e onde poderia alertar o Mundo para o que se passava em
Portugal. Em 1973 na Alemanha Ocidental é criado o Partido Socialista tendo
Soares sido eleito secretário-geral.
Com o 25 de Abril Soares regressa a Portugal e foi claramente o líder do
afastamento das pretensões totalitárias de esquerda, objectivo conseguido com
o 25 de Novembro. È ministro dos Negócios Estrangeiros, Ministro sem pasta, e
um dos responsáveis pelo processo de descolonização. Processo que muitos
apontam como desastrado e em que Soares, juntamente com Almeida Santos, teve
grandes responsabilidades. Ainda há muito por explicar relativamente à
descolonização. Almeida santo já prometeu um livro, espero por ele para
poder comentar melhor. Resta saber se era possível fazer mais ... Soares foi
ainda Primeiro-ministro várias vezes em 1976-77, 1978 e 1983-85, período
durante o qual foi acusado de meter o socialismo na gaveta e governado à
Direita. Teve igualmente um papel importante na adesão de Portugal à CE.
Em 1986 concorre à Presidência da República e ganha, exercendo o cargo por um
segundo mandato até 1996. Quando todos pensavam que estava na altura de Mário
Soares parar eis que é eleito deputado europeu.
A actividade de Soares é impressionante, durante toda a vida lutou sempre pela
liberdade e pela democracia, palavras que hoje deitamos pela boca fora e que a
ele, e a muitos outros, custaram tanto. Duvido muito, mas mesmo muito que as
páginas dos livros de História o remetam para uma nota de rodapé. Terá, ao
invés, honras de cabeçalho, com corpo de texto desenvolvido, e com a seguinte
conclusão: "Mário Soares: um dos maiores políticos portugueses do século
XX e provavelmente aquele que mais batalhou pela liberdade e instauração do
regime democrático em Portugal".
NAP
5 Comments:
Super Mário??? Super?? Super quê???
Não se brinque com coisas sérias...
Isto, a que algumas pessoas chamam indivíduo, e outros dejecto humano, tem, desde a sua origem, um modo de vida bastante singular mas que em nada é pautado por princípios...
Comece-se pela sua concepção, onde o pai, padre, renega o hábito procriando com uma mulher, dando à luz tal rebento...
Início auspicioso de uma vida marcada por princípios...
Com uma educação certamente esmerada e com o ditoso exemplo do pai, estuda na Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras, Ciências Histórico-políticas e Direito), onde é abordado pela maçonaria que, certamente atraídos por uma falta de carácter evidente, sede de poder e ódio contra tudo o que representava a autoridade, o convidam a pertencer a um dos seus ramos(provavelmente o vermelho -maçonaria francesa de facção interventiva directa), que viria a servir como um dos mais zelosos lacaios.
Inicia o seu trilho defendendo tudo o que eram inimigos do regime, candidatando-se seguidamente em vários actos eleitorais, o que teve os resultados esperados para tal luminária: zero (na altura ainda não tinha a máquina informativa (ou desinformativa) a tecer-lhe loas e fazendo de tal tumor social um "grande estadista").
É preso e deportado, certamente porque uma mente tão pútrida estaria a infectar os ares de Portugal.
Em 1970, estabelece-se em Paris, dando azo aos seus ideais(???) e causas políticas(???), onde, de tão ocupado, ia ao cinema três vezes ao dia. Finalmente, é graças aos seus contactos secretos (maçonaria) que chega a Secretário Geral do recém criado Partido Socialista, mantendo, no entanto, o cadáver longe de Portugal não fossem confundi-lo com um mamute e enfiá-lo no zoo de tão inchado andava a ficar (devido ao estilo de vida recatado e pouco dado a luxúrias) .
O resto da vida é sobejamente conhecida, mal se deu o golpe de estado volta a Portugal, onde ao contrário do que se diga, não afastou as pretensões totalitárias de esquerda, porque era impossivel esta implantar-se num povo de brandos costumes como o nosso, mas serviu apenas como o melhor entre dois pratinhos de dejectos que nos eram dados a escolher...
Conduz um brilhante processo de descolonização em Àfrica, criando o país com maior número de mutilados no mundo e um dos mais pobres, só citando Angola e Moçambique. Os nossos antigos cidadãos devem-se fartar de gritar liberdade, sempre que uma mina rebenta e mata mais uma criança, ou quando tomba outra inerte à custa da sub-nutrição... Isto tudo para que algumas super-potências lá pudessem implantar as suas indústrias de diamante, ouro, etc.
Este altruísta político, ou antes Pulhítico, conseguiu ainda lucrar com tal descolonização vendendo armamento aos partidos beligerantes, e recebendo marfim e diamantes (aliás o seu filho, outra eminentíssima figura da nossa praça, foi encontrado em África à beira de um avião que se tinha despenhado, quase inteiramente coberto de marfim e armamento bélico, que tal rebento negociava em nome do pai...) Desde então os seus sólidos serviços à maçonaria internacional teem-lhe granjeado tachos atrás de tachos e uma cotação e reputação criada à custa de uma màquina informativa perfeitamente dominada por tal sociedade.
Eis o "making of" de um crápula, ou nas cabeças dos mais ingénuos, do Super Mário!!!
ilustre anónimo,
“A virulência” deste comentário “merecia honras” de uma posta...
um abraço,
SaMyRoad99
Eu não diria virulência, diria frontalidade e coragem de ousar ser diferente e pensar diferente de todas essas mentes feitas ou (tele)feitas que infelizmente abundam por cá. É fácil não pensar, é fácil deixar-se ir pelas ideias dos outros, pela conjuntura e até pela própia moda... É dificil ousar ser e pensar diferente, e rejeitar a venda que muitos, diariamente, nos tenta (im)pôr, porque quem assim o é colocado automaticamente de lado ou mesmo ridicularizado...
Aqueles que vivem na ilusão de viverem numa plena democracia que tentem abstrair-se um pouco do controlo que os meios de comunicação social exercem e pensem nos diversos casos politicos que acontecem... É triste viver empurrado por outros e mais triste ainda é não querer pensar ... apenas ser mais um autómato que acorda para a sua rotina. vejam o que pensavam que teríamos depois do 25 de abril e o que temos agora... A censura continua ... Talvez pior porque alegadamente ninguém sabe de onde ela vem ... mas há ... quem controla os media que o diga... Ousar ser diferente não é para todos ... nem todos conseguem sacudir o seu horizonte redutor, sendo autenticos glutões do que lhes é fornecido sem pararem para reflectir. A superioridade atinge-se no génio não na estagnação banal a que assistimos impávidos e serenos porque vivemos numa democracia! A MELHOR FORMA DE GOVERNO
Fico realmente estupefacto com a barbaridade das palavras aqui proferidas.. Temos censura, talvez pior que antes do 25 de Abril? Mario Soares referido quase como um menino queque que se limitou a ver a vida a passar?.. É realmente pena que todos os que responderam a este post n pudessem ter tido a oportunidade de realmente viver os tempos anteriores ao 25 de Abril pra virem então a descobrir qual o real teor daquilo que pretendem apresentar como quase nada, que foi a vida do realmente Super Mário Soares e o real valor que ele representou para Portugal.. É realmente uma vergonha descobrir ainda nos dias de hoje que haja alguém que considere vivermos tempos piores que o 25 de Abril.. Realmente é bravo criticar o conformismo e os pensamentos pré-estabelecidos, mas parece estar tambem na moda a critica facil e acusatoria de tudo e de todos.. Os laranjinhas que se acalmem, não se trata aqui de homenagear um partido, mas um grande homem, que viveu para o País, num partido virado para o aspecto social, aspecto que parece estar actualmente descurado de um outro que se diz social e democrata..
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