É possível?
Aconteceu hoje, na Assembleia da República, a audição com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas a propósito dos Orçamentos das Universidades para 2007.
Lamentavam-se S. Ex.as do facto de, a não haver alterações nas verbas atribuídas, se verem obrigados a aplicar os valores máximos para as propinas caso contrário a viabilidade das instituições está colocada em risco. E, em alguns casos, no curto prazo de um ano!
Estes senhores são de uma capacidade criativa e imaginativa confrangedoras.
Apetece perguntar como chegaram ao Doutoramento e como atingiram os mais elevados graus na carreira académica.
Fazer repercutir o declarado e necessário "estrangulamento" financeiro (orçamental) nos alunos é sempre a solução mais fácil e a que menos riscos e incómodos acarreta.
Passar algum tempo pelos espaços universitários e apreciar o que e como vai acontecendo é um hino ao desperdício.
Todos sabemos como é difícil alterar rotinas, hábitos e vícios!
Mas ser-se gestor - mesmo numa universidade - não significa a capacidade de fazer alterar o rumo das coisas?
Ou será que apenas estarão interessados nas mordomias do exercício e nos ganhos futuros a que aspiram por inerência dos cargos?
Porque se é para isso, qualquer um serve!
JL
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